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terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Sobre banheiros e mulheres

Eu tenho uma enorme simpatia por banheiros que possuem protetor de assento. Me dá uma felicidadezinha quando eu vejo aquele papel dobrado prontinho para ser chacoalhado e ser colocado suavemente na tampa do vaso sanitário. Ok, eles costumam ser meio leves demais, e voam com facilidade, e as vezes acabam caindo dentro do vaso, mas da vida, ainda assim prefiro um milhão de vezes esses queridos papeis impermeáveis a ter que ficar avaliando onde estou, que tipo de banheiro é esse, e em que condição higiênica está o tal local. Eu sempre faço essas análises, mas quando tem o protetor de assento meio que tanto faz tudo isso. Meio que... Rsrsrs. Melhor que isso só se tiver aquele spray com álcool. Sério, é muita alegria protetor de assento e spray de álcool. E pra ser o melhor lugar do mundo tem também fio dental e enxaguante bucal. Pronto, é o céu dos banheiros.

Fico sempre pensando que um local que oferece o protetor de assento só pode ser um lugar mais legal, mais preocupado com as mulheres, que se colocam no lugar do outro, e que é administrado por uma mulher, várias coisas bacanas passam pela minha cabeça, sério! Tenho certeza que outras mulheres também sentem isso... Mas também tenho certeza que tem outras que estão cagando e andando, nessa caso - odeio essa palavra, tipo odeio mesmo - mijando e andando, porque na boa... Não consigo entender como foram educadas pelo amor de deus!

Outro dia fui a um bar no Itaim e ao ir ao banheiro já dei de cara com aquele monte de protetor te assento. Que alegria. Pois é tinha um monte porque aparentemente nenhuma mulher tinha usado nenhum deles. Que raiva. E pra piorar essas mulheres trabalhadoras, bem educadas e independentes, que curtiam o seu happy hour estavam fazendo exatamente o que sempre reclamamos dos homens: elas não levantavam a porra da tampa! E estava tudo mijado. Tipo tudo!

Silêncio...

Silêncio!!!! O que dizer disso???? Não consigo nem falar porque já esgotei o vocabulário zoado permitido para os meus posts. Silêncio pra não falar mais merda.

Outro dia eu fui ao parque do Ibirapuera correr e precisei fazer xixi antes de começar... Ao entrar no banheiro pensei: saco, vou ficar com mais dor nas coxas de ter que ficar aqui nessa isometria de agachamento do que correndo.

Pois é... Deve ser falta de academia, né? A mulherada deve achar uma ótima oportunidade de trabalhar as coxas ali no banheiro do bar, entre uma cerveja e outra. Não é falta de educação, de respeito ao próximo... Não é porquice... É só vontade de ficar sarada! Só pode ser.


sábado, 26 de novembro de 2016

Do lado de dentro

Eu fiz as contas: foram 6200 dias com ele, e outros 6500 sem ele. Quando meu pai morreu me lembro de alguém me dizer que um dia, no futuro, eu perceberia que eu já tinha vivido mais tempo sem ele do que com ele. Não tenho certeza se foi a Celinha ou Angela, que também perderam o pai cedo, com a mesma idade que eu e a Rafa. Isso me marcou muito e esse dia chegou...

Mais da metade da minha vida sem o meu pai. Acho impressionante como eu não sinto isso. E não é que eu não sinto falta, que eu não tenho saudade, ou qualquer coisa do gênero. É que pra mim ele está aqui, do lado de dentro. Meu pai tem um lugar na minha vida que não é a morte, essa enorme bobagem - parafraseando a Milly Lacombe - que vai tirar ele mim. Não sei quantos dias foram necessários para que a tristeza virasse saudade boa. Admito que tem dias que só tem saudade ruim. Saudade que dói. Mas são poucos dias. Os dias bons, que são maioria na minha vida tem sempre meu pai por perto.

Sou sempre inundada por boas lembranças, boas risadas. Faz mais de 6500 dias que não vejo o meu pai e nada disso me deixa esquecer a voz dele, os olhinhos verdes meio esmagadinhos, o cheiro do perfume e do jeito de buzinar. Lembro direitinho da mão dele, do pé 43 pedindo massagem, da quantidade de cerveja pra fazer ele feliz - muita, sempre.

Aqui em mim tem tanta coisa... A pele bronzeada que me destaca no verão, a neurose pelo cabelo penteado, o gênio forte, a assertividade que quase vira grosseria, a mania de querer liderar - pra não dizer mandar - em casa.

Toda vez nessa vida que eu sentir cheiro de carvão que acabou de ser aceso vou lembrar do meu pai. Sempre que uma costela sair da churrasqueira eu vou voltar lá pra vila cruzeiro naquelas tardes de GP do Brasil. Sempre que eu vir bolas de basquete, sempre que eu exagerar na quantidade de comida, ou toda vez que vir um parmesão inteiro eu vou lembrar dele. Toda vez que vejo uma árvore de primavera florida ele vai sorrir em mim.

Não é preciso muito tempo pra isso. Não é preciso foto. Não é preciso ser dia 09 de maio ou 09 de dezembro... Simplesmente é assim, é aqui... Do lado de dentro.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Baguncinha...

Acordei e fotografei o relógio cuco que marcava pouco mais de oito horas. Eu poderia escrever um texto sobre aquele cuco lindo, que foi do avô do meu marido. Eu poderia escrever sobre como ele realmente toca a cada meia hora, e  dizer que eventualmente me acorda, e que não me deixa ler tranquila no sofá, tic tac, tic tac...

Na sequência fotografei a mesa do café da manhã que estava posta desde a noite anterior. Também poderia escrever um texto sobre isso. Poderia falar sobre como eu adoro adiantar as coisas ou como adoro café da manhã e o que ele me representa. Tomar café da manhã todo dia com o marido me dá a sensação de comercial de margarina, parece vida perfeita, e é bom começar o dia com essa energia, mesmo sabendo do número de cliques necessários para fazer a fotografia - que nem perfeita fica. Imagina a vida, né?

Mas na foto da mesa do café insistia em aparecer uma baguncinha, imperfeita. Ali no cantinho, quase escapando pelo lado direito tinha uma confusão. Eram papéis, livros, canetas, fones de ouvido, post its. Bloquinhos de notas, segunda via do cartão de crédito, caixa de óculos e cartões de visita. Insisti no prato de sobremesa e na xícara de chá. Mas não adiantava, a bagunça estava ali. E estava aqui, em mim.

Era terça feira 08/11/16, dia que antecederia a minha demissão na empresa que trabalhei nos últimos quatro anos. Sim, eu já estava pressentindo. Sou dessas que lê os sinais, nesse caso bem escancarados... Ano difícil, sequência de demissões, rádio peão... Menos trabalho... Mais que isso, menos envolvimento, menos empolgação, menos coração, menos amigos, menos vida...

A baguncinha no canto direito da foto era a baguncinha que eu queria passar por cima, ou que eu havia deixado pra trás no ano de 2016. Foi um ciclo que foi terminando, no gerúndio mesmo. Uma vida feliz que foi perdendo as pessoas que faziam sentido pra mim. Foi perdendo o desafio e foi se tornando resiliência, preguiça, dor de estômago, alergia.

A baguncinha foi sendo capturada nos últimos 3 dias aos poucos, sem querer chamar muita atenção... Pega um livro daqui, outro dali. Verifica uns papéis, separa os objetos pessoais. Enfia tudo na mochila da academia e vai pra casa. Faz tudo de novo no dia seguinte, de forma a não ter que carregar nada de volta no fatídico possível dia da demissão.

No dia 09/11/16 deixei o meu trabalho mais sexy. De volta em casa peguei toda a baguncinha que estava sobre a mesa, acumulada nos últimos dias, e transferi para a cadeira, e parei de enxergar tudo aquilo. Não me despedi, não mandei meu e-mail com meus contatos, eu simplesmente sai pra fazer meu demissional. Mas a baguncinha ainda estava aqui.

A querida start up que comecei a trabalhar há 4 anos não é mais a mesma. Faz tempo. Tinha virado pra mim um trabalho normal... Tinha deixado de ser um sonho. Tem coisa mais sonho que os ventos que geram energia? Pode existir um trabalho mais legal do que uma empresa de geração de energia renovável criada por dois amigos, e onde todo mundo é jovem e interessante? Onde tem fruta cortadinha no meio da tarde e o presidente sabe o nome de todos? Onde a academia é um benefício e os mandamentos poderiam ter sido escritos por você? Pois é... Por três anos foi nesse lugar que eu trabalhei. E fui realmente feliz. E dizia com o maior orgulho do mundo "trabalho numa empresa de geração de energia renovável", e com a mesma felicidade me empolgava nas reuniões semanais com o presidente, e até achava descolado o perrengue que era chegar no semi árido baiano e ver a operação dos parques eólicos. Adorava ter muitas curtidas no meu instagram onde eu aparecia menor do que já sou em meio a tantos aerogeradores monstruosos. Aquilo era a perfeição pra mim. Ter perspectiva sempre me fascinou. Como é bom saber o nosso tamanho real. Como é bom ter a noção de não ser quase nada. Como é bom saber da nossa pequenez. Como é bom saber que a vida acontece no campo, na obra, na operação. E dentro dessa perspectiva onde eu sempre fui pequena eu tinha um orgulho enorme de pertencer aquilo tudo.

No último ano não fui a Caetité nem a Salvador . No último ano a maioria das pessoas interessantes saíram ou foram saídas, e deixaram pouco a pouco um buraco em mim... E foi acontecendo com uma frequência tão grande que eu já não sentia mais... Já não me importava mais - com a ausência - porque sabia que quem eu quisesse por perto eu manteria. Já não havia mais a mesma quantidade de trocas relevantes, já não havia mais cafés animados, já não havia ideias mirabolantes, nem reuniões atrasadas, já não havia mais a Renova.... Já não havia mais a Gabi do Planejamento Estratégico... Havia uma saudade, um pesar, uma angústia. Dor de estômago, alergia.

No dia 09/11 eu não derrubei nenhuma lágrima. Minhas gavetas estavam organizadas. Meu back up estava feito. Eu já não trabalhava mais na Renova Energia e estava tudo bem.

O cuco continua no seu tic tac, tic tac. Agora ele marca 23:45 da sexta 18/11. Estou sentada à mesa que já está arrumada para o café da manhã do sábado. Ainda tem uma taça de vinho que restou do jantar e que me acompanha até o final desse texto. E assim a vida segue, um ciclo termina e as vezes dói, mesmo quando a gente não quer olhar, e as vezes demora pra passar, mas sei que um outro ciclo vai chegar, assim que toda a baguncinha estiver devidamente organizada e eu pronta pra próxima.

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As fotos mencionadas se referem a uma lição de casa de um curso que estava fazendo na The School of Life. Eu achava que a foto seria mostrada no curso, ou que eu teria necessariamente que escrever sobre elas, então fui criando racionais para cada clique (quem me conhece sabe o tanto que eu adoro um racional).

Apesar do meu pesar, da dor de estômago, e da alergia eu sempre me importei com o negócio, aliás, essa minha resiliência não me deixa largar o osso, eu não teria desistido sozinha....

Não chorei ao sair da Renova, mas me deu um nó na garganta escrever esse texto que, será mostrado primeiro pra professora do curso que estou fazendo que se chama "como se encontrar na escrita". Cá estou tentando me encontrar, como sempre, como boa libriana. ;-)


quinta-feira, 10 de novembro de 2016

A expectativa nossa de cada dia

A primeira vez que eu abri um coco foi uma experiência intensa, trabalhosa, chata. A ideia inicial era comprar um coco na feira e já ter a sorte de pegar um saquinho cheio de quadradinhos branquinhos lindos. Mas quem acorda tarde e chega no fim da feira não acha mais o vendedor de cocos... O que me restou foi comprar no supermercado mesmo. Coco comprado, fui abrir a querida e deliciosa fruta. Peguei uma faca e tentei martelar o coco, tipo como se eu tivesse fazendo uma escultura, ou uma reforma numa parede, não sei bem, rsrsrs. Nada... Nem sinal da casca do coco se abalar.

Dei um google... Vi um video... Descobri que o ideal mesmo era segurar o coco com uma mão e com a outra ir martelando ele (sim, com um martelo da caixa de ferramentas) em toda a sua extensão. Uma hora ele racha. A água vai caindo toda e por mais que eu quisesse aproveitar tudinho, a casca do coco vai sujando a água que cai de dentro, porque sua mão já está cheia de casca, e ai vira uma lambança, e eu tive aflição de tomar aquele líquido. Depois de aberto a instrução do vídeo era enfiar a faca na poupa da fruta e dar uma viradinha até que ela se soltasse da casca. Tchanammm, e assim foi. Mas tipo, precisa fazer isso umas 20 vezes, ou mais, porque os pedaços não se soltam facilmente. E demora.... E demora... Mas eu estava em busca do meu lanchinho ideal para o meio da tarde, ou para as minhas fomes da madrugada, e todo esforço valeria a pena. Sim, eu to sempre na dieta... Sim, eu ainda preciso de dieta.  E considerando o tanto que eu gosto de comer eu vou precisar de dieta pra todo sempre, amém, rsrsrs. Coloquei o coco no freezer e admito que no fim eu até fiquei economizando os últimos pedaços só de preguiça de abrir outro coco...

NY no inverno

Quando voltei a NY quase 20 anos depois da primeira vez que estive lá com meus pais eu estava muito preparada para dias frios. Tão preparada que eu estava mal humorada antes de embarcar - ok, isso acontece em várias situações da minha vida. Eu tinha certeza que nem seria tão legal assim, afinal de contas, quem pode ser feliz com temperaturas negativas? Como alguém é feliz tendo que pegar emprestado casaco de neve? Por que estava fazendo tanto frio em março? Vou aparecer em todas as fotos com a mesma roupa... Entre outras preocupações e chatices.

Só que foram dias deliciosamente gelados. Numa cidade apaixonantemente linda, com suas árvores peladas, e seus ambientes aquecidos.

Foi demais mesmo, e apesar do fato de eu ter certeza que NY é foda fodástica, eu sei que o fato de eu estar com a expectativa baixa ajudou muito pra que essa viagem fosse tão legal.

De volta ao coco....

Hoje eu abri outro coco. Ele estava na minha fruteira há 2 semanas. Eu olhava pra ele e pensava: pqp vou ter que abrir esse coco. Deixava passar um dia, achava que ia estragar, deixava pro fim de semana, deixava pro dia que a faxineira viesse... Bom, hoje eu abri o coco. Peguei o martelo, separei um bowl pra escorrer a água. Faquinha pra tirar a poupa. Espirra daqui, espirra dali, eu abri o coco, separei nos potinhos, pus aqueles pedacinhos gordurosos e brancos no freezer e pareceu tão rápido. Missão cumprida. Achei tão de boa dessa vez.

Tenho certeza que não criei nenhuma técnica sensacional de abrir cocos, portanto só posso acreditar que a expectativa nesse caso também influenciou, e muito, a minha sensação de missão cumprida.

E aí é isso né... O tanto de expectativa que um "serumaninho" é capaz de criar é uma coisa louca. Eu poderia citar um milhão de exemplos em que a expectativa ferra com tudo, mas vou me limitar a só mais um exemplinho da vida da maioria das pessoas: a expectativa em relação ao outro. Não sei de onde nasce isso, se é uma vontade louca de ser validado, se é um querer de conto de fadas, se é um 'se achar mais importante que o resto do mundo', se é colocar no outro uma importância maior que ela tem (escrevendo aqui e agora acho muito que pode ser isso), mas o fato é que eu já vivi (e vivo) muito isso, e tenho amigos que já viveram, e todos vamos continuar vivendo.... Expectativas em relação a relacionamento amoroso, amizade, emprego, tipo tudo, tudo que tem gente envolvida rsrsrs.

Refletindo sobre esse tema depois de um happy hour com uma amiga acho que ainda vou precisar de alguns anos de terapia pra relativizar as coisas. Sim, relativizar. Dar o tamanho certo pra cada tema da vida. Pra entender que demorar mais 5 ou 10 minutos pra abrir um coco não vai acabar com a minha programação do fim de semana. Entender que hoje em dia as pessoas mandam recados no facebook no dia do aniversário, em vez de ligar como se fazia há anos, e que tá tudo certo - algumas pessoas ainda ligam, mandam mensagens lindas, gravam audios e me emocionam verdadeiramente. Entender que o trabalho é um contrato de prestação de serviço, e ele pode acabar. Entender que não é todo mundo que está interessado em namorar. Entender que até o amigo mais legal tem dias ruins. São tantos exemplos, mas acho que no fim das contas, o mais difícil ainda é entender o tamanho verdadeiro que o outro, ou a coisa, tem na nossa vida. Verdadeiro, não o que imaginamos que eles tem. Ou o mais difícil seria saber o nosso tamanho verdadeiro? Como eu digo de vez em quando: vou precisar de umas duas ou três vidas pra chegar a essa conclusão.


sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Fofa é a sua almofada....

A Cintia que mandou e eu acreditei! =)

Eu já escrevi sobre o poder da validação aqui O poder da validação, na real eu coloquei o texto do Kanitz...  Bom o fato é que a validação dos outros também me faz muito bem, e especialmente bem quando eu me importo com o validador...

Estou na minha semana de aniversário, e não é que eu adoro aniversário na verdade... É muito louco porque eu adoro me sentir querida mas sem muito furdunço... Não gosto de ser o centro das atenções, tipo nunca, mas adoro atenção, cuidado, manifestações de carinho. Entendedores entenderão.

E ai eu realmente fiquei muito feliz no último dia 5, acordei com o café da manhã pronto, e recebi ligação não só da minha avó como de algumas amigas logo cedo. Entre amigos de faculdade e trotes de amigo do trabalho fui preenchendo meu dia com ligações gostosas. Em tempos de whatsapp receber ligações de aniversário é um cuidado clássico e lindo. Obrigada a todas as ligações! Adorei!

Cheguei no trabalho e já ganhei um presente do meu amigo lindo, que tá sempre comigo nos últimos 2 anos! E tomei café, e falei com a mina avó aniversariante também, e almocei, e tomei café, e atendi telefonemas. E lia mensagens do facebook o dia todo... E sai pra jantar com a família... E recebi mensagens retardatárias (diz que....) E li mais mensagens...

Ai achei que eu queria guardar as mensagens que tinham um quê diferente, algo que me descreve, algo que me faz sorrir.... Lá vai:

"Parabéns gabiroba!!!! Muita saúde e felicidades (pequenas e grandes) !! bjs sis!" - Luis (meu brother e pra sempre estagiário querido)

"Gabi, Parabéns! Que Deus te proteja sempre! Que te cubra de alegria, saúde, inteligência, beleza e charme! Assim, você pode trabalhar feliz, ganhar dimdim e passear
Feliz Aniversário!" - Gi Veiga


"Melhor que ter uma prima linda, é ter uma prima linda e libriana! 😁Parabéns, Gabi! Muitas felicidades! Super beijo 🌹😘💋" - Ju Pesente

"
Eeeehhhhhh hoje é o dia da minha "babe" queridaGabriela Pesente que esse dia seja um presente, cheio de alegrias e muito amor. Lov U feliz aniversário 😍😍😘😘😘" - Kelly


"Mesmo distante não poderia deixar de te desejar milhões de pequenas e grandes felicidades. Um forte abraço, do agora The ABORIGINAL!!!" - Marcio Doug


"Parabéns minha querida sobrinha de coração. Que você continue sendo abençoada pelo nosso Deus pai todo poderoso. Que mais um ano em sua vida não lhe traga qualquer preocupação, mas sim divertimento, trabalho, passeios, amor e carinho de todos que o cercam. Felicidades, muitos anos de vida e bastante paciência, o que vc não tem muito, Um grande beijo." - Tio Wilson


"Gabriela.....minha sobrinha querida, como dizia o papai zoiuda, observadora nos erros de Português, corretíssima em tudo, e também libriana como eu. Hoje é seu dia e eu quero te desejar um dia de muita comemoração e muitas alegrias.Viva o hoje bj...te amo e saiba vc é muito especial." - Tia Neusa


"Gabiroba linda meu coração! Parabéns, amada!!! Aproveite se dia, seja feliz hoje e sempre! Enviando beijinhos grandes carregados de amor e alegria! 🎉🎈🎊" - Marina


"Gabiiiii, querida felicidades mil para você neste novo ano! Você é uma das pessoas mais equilibradas e iluminadas que conheço! Continue assim. Beijão" - Josy


"Feliz aniversário, lindona!! Muita luz, amor e muuuuuuitas gargalhadas (daquelas bem altas que só eu dou!) hoje e sempre!! 😘😘" - Lu Gutmann

"Gabi linda, parabéns! Te ligo mais tarde pra te desejar tudo que merece, mas já adianto aqui que Vc merece ser rica, viver embriagada de tanto beber crystal, usar vestido de deusa, ser casada com meu amigo Renato, nos ter como amigas e ter muita saúde pra aproveitar isso tudo 😘😘😘😘😘" - Mirele


"Parabéns pra libriana que me faz acreditar q minha filha vai ser um sucesso! Kkkkk
(...)
Saúde pra vc e todos a quem ama (pq eu bem sei q não consegue ser feliz sozinha)" - Carol Gouveia


"Gabi, dia corrido, só agora deitada em minha cama consigo parar pra te escrever! Feliz aniversário!  Um bendito e iluminado novo ano. Mtos brindes, sejam nas festas tops daqueles mega casamentos, seja numa segunda feira meio cinza com seu marido. Que todos os dias vc consiga ter um motivo, ainda que bobo,  para sorrir e que eles sejam sempre repletos de #pequenasfelicidades. Que no final de um dia difícil vc tenha convicção que foi apenas um dia ruim em meio a uma vida boa. Sucesso e que seus planos quase que inconfessáveis tenham a bênção dos anjos. Parabéns!  Bjs meus e de seus primos zagos! 💙💙💙💋 - Carine


"muitos drinks nesse novo ano" - Flaviz


"Lhe desejo muito amor, paz, saúde, sucesso, esperança e comidas deliciosas com poucas calorias!!!" - Cintia


"Gabiiiii, hoje é o seu niver! Que seu dia seja especial e mais especial ainda este novo ciclo. O vídeo que te mandei ontem tem tudo a ver !!! Aproveita muito, pois temos menos um ano de vida!!! Beijos 😘 grandes." - Edu


Parabéns, Gabi! Que seu dia seja ainda mais iluminado e seu ano cheio de felicidades. Você é uma pessoa espetacular e merece tudo de melhor" - Gui


"Abertura de novos caminhos pra vc no dia de hoje... Uma alegria pra mim mais um ano festejar a sua vida... Muita paciência pro que a gente ainda não sabe entender, muita harmonia, muita paz pra poder atravessar tudo que tem de novidade que a gente vai descobrir e muita muita muita alegria!!! ..." - Luana


"Dizer que vc é uma pessoa muito especial, uma pessoa que faz parte da minha vida, que eu quero muito bem, uma pessoa muito boa, umas ideias ótimas, enfim, uma pessoa que faria parte sempre da minha vida, então queria falar que to mandando muitas energias e que você curta muito seu dia... Um beijo muito grande, um abraço muito apertado..." - Marrrrcia


"Gabiroviiissssky (...)Queria desejar parabéns e dizer que eu sinto muita falta de ter você por perto (é verdade)....
As vezes as palavras me faltam... anyway,,, é ficou meio estranha, mas é o que tem pra hoje" - Benarrrrdo


também amei ser chamada de "uma farsa" pela Mara! Vida eterna ao protetor solar e minha garrafa de água!


Obrigada de novo a todos que fizeram meu dia mais legal e pela validação cravada nesse post.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Para o Marcio Doug!

Marcio, eu já imaginava que não conseguiria escrever pouco no seu álbum de fotos, sou meio descontrolada quando começo, rsrsrs, ai pensei em te colocar aquela menagem do Fernado Pessoa, que inclusive tenho no meu álbum de fotos da última empresa. Acho muito adequado pro momento. Escrevi esse rascunho na Renova no dia do seu HH. Lá vai.

"Um dia você me contou uma história de um chefe seu que te chamou pra tomar um café, mas que você nem curtia café... E que esse chefe te ensinou que tomar um café é muito mais do que simplesmente beber um café... É também criar relacionamentos, fazer amizades, estabelecer cumplicidade, ter uma sacada no trabalho, pensar em como fazer diferente, descobrir afinidades... Lembra disso?

Eu lembro... Diria que tivemos alguns "momentos café", né? Quantos Energizar não fizemos juntos, e quantas reuniões de alinhamento e viagens malucas e corridas, sempre com a emoção de quase perder o voo com o Mathias (rsrsrs). E as viagens pra Guarajuba? De acarajé a camarim dos Titãs. Como esquecer? Treinamentos de liderança, suco de tomate e algumas crises de inconformismos minhas, rsrsrs... "Calma Gabi" rsrsrs.

Marcio, com você eu aprendi que é possível ser tipo super feliz, e super empolgado, e super desbocado e super autêntico, e super fã, e super feliz, e super feliz, e SUPER FELIZ!

Obrigada pelos anos de convivência e pela validação de sempre! Além da sua energia no escritório eu vou perder o contato diário com um grande fã hehehehe. Todos vamos sobreviver e todos vamos lembrar de você porque isso aqui é você! E são todos os outros que já saíram, e que um dia sairão, mas que ajudaram a construir a alma dessa empresa que eu gosto tanto, e que me orgulho tanto de fazer parte. Sim, eu sou uma romântica! =)

Te prometo que vou continuar inconformada e vou brigar sempre pelo melhor na vida! E você por favor me prometa que vai continuar sendo super feliz e vai levar sua alegria contagiante para onde quer que você vá!"

terça-feira, 21 de junho de 2016

Sushis, mecânica, e amor pelo trabalho

Outro dia assisti no Netflix o documentário "Jiro Dreams of Sushi" e mesmo não gostando de sushi e achando o Japão longe pra caramba eu fiquei com vontade de ir naquele restaurante, e comer aquele sushi. Mesmo querendo ir de novo pra Nova York (me julguem) todos os anos da minha vida, e querendo conhecer mais da Europa eu quis ir comer aquela comidinha fria e crua que eu não sou fã... 

Fiquei pensando naquela carinha do Sr. Jiro - acabei de me lembrar que na minha infância também havia um Sr. Jiro... Que legal lembrar disso agora, ele tinha uma papelaria perto de casa e com muita frequência eu ia até lá comprar papel almaço, cartolina, esses itens que as crianças de hoje, na era do iPad, não devem nem saber que existem, enfim... 

Voltando ao Sr. Jiro do sushi, fiquei pensando nele com aquela carinha, com aquela resiliência, com aquele amor pelo seu trabalho. No documentário ele estava com 85 anos e continuava trabalhando todos os dias no seu restaurante. Ele fala da busca em melhorar os sushis, da qualidade dos produtos, da necessidade de os funcionários saberem o que é bom, porque só assim poderão oferecer bons produtos aos seus clientes. E ele trabalha, e trabalha e trabalha. E é premiado, e anda de trem, e tem 85 anos.

Na mesma semana que vi esse documentário fui buscar meu carro na oficina do Edgar que fica lá perto da represa Guarapiranga. Claro que antes eu fiz um pequeno drama, pensei  um milhão de vezes se pegaria muito trânsito, esbravejei por ter que fazer isso no meu último dia de férias, simulei o trajeto no waze, e me convenci que não levaria mais o carro lá porque é muito longe.... Fomos, Renato e eu de uber. Chegamos e lá estava o Edgar no seu escritório, com a fala mansa, e seu mouse em formato de carrinho. Perguntou sobre o carro da minha sogra, comentou sobre a festa junina da escola dos filhos, e de como estava tudo tão corrido sempre, e que agora estava trabalhando com a Hyundai - acho, mas que agora já não trabalhava  mais aos finais de semana. Entre um assunto e outro ele simplesmente imprimiu um relatório de tudo que havia sido feito no carro, anexou com o comprovante do cartão de crédito e chamou o Renato pra mostrar os reparos feitos. Ele imprimiu um relatório do que foi feito no carro. Mano, um relatório. Isso é o sonho de qualquer administrador de empresas. Obvio que ano que vem o carro vai pra lá de novo pra fazer revisão. Obvio! De quebra ainda pegamos uma vista linda na represa, as tardes de outono são definitivamente as mais bonitas.

Mas o que tem uma coisa a ver com a outra? Tem esse amor pelo trabalho que você não vê toda hora, ou eu não vejo toda hora, sei lá. A paz do Edgar no escritório dele parecia a mesma paz do sr. Jiro no seu restaurante, uma cara de gente feliz. Parecia que tudo estava em seu lugar pra esses dois homens, e longe de achar que eles estão acomodados, certamente tudo está tão bem pelo fato deles não serem acomodados. E isso ficou martelando na minha cabeça....

Sempre fico tentando entender qual seria o equilíbrio correto, qual modelo de trabalho é o melhor, questiono o mundo corporativo, questiono as pessoas, questiono o lucro exagerado, o consumo, no limite questiono até o capitalismo. Me questiono. 

Questiono se é bom trabalhar em escritório, ou seria melhor home office? Questiono se é melhor empresa grande ou pequena, estruturada, engessada, hierarquizada? E profissional liberal, e um consultório? Como seria a vida de um dentista o dia todo vendo bocas abertas? Carreira em Y? E ser piloto de avião, cada dia amanhecer em um país? E não ter rotina, e só ter rotina?

E de fato é importante parar pra pensar, não deveria ser comum a gente trabalhar 12 meses sonhando com as esperadas férias remuneradas de 30 dias, quando fugimos da nossa própria vida. Deveria?

Me pergunto se eu deveria postar esse conteúdo como se eu fosse uma pessoa influente, como se o mundo fosse ler e me julgar por isso, e como se eu o fato de eu expor esses pensamentos fosse uma coisa ruim. Me convenço que pensar, refletir, nunca poderia ser considerado algo ruim. 

Acho que presto tanta atenção nesse tema porque no fundo fico me perguntando se um dia eu vou gostar tanto assim de uma coisa. Se a minha vida vai ser completa a ponto de eu me identificar com um senhor de 85 que não parau de trabalhar ainda - por opção. Me pergunto se é comum viver fazendo contas de quanto tem que juntar pra poder parar de trabalhar/aposentar pra então se dedicar ao que gosta assim com o coração, que nem o Sr. Jiro, que nem o Edgar. Me pergunto se um dia eu vou estar rodeada de pessoas que gostam do seu trabalho (de verdade), que todas admiram os seus chefes (de verdade) e que todas estão ali juntas pra somar (de verdade). 

Quase me pergunto se esses dois exemplos são de verdade ou se a minha visão sobre essas histórias é muito romântica...  

Matéria sobre Sr. Jiro: Documentário Jiro Dreams of Sushi

Mecânica do Edgar: Willians Mecânica, Funilaria e Pintura. Rua do Sossego, 139 - Mar Paulista. São Paulo - SP

sábado, 28 de maio de 2016

Você já viu uma agressão hoje?

"Porque não foi ter o filho em Cuba? É fácil ser comunista com dinheiro no bolso né? Sua zuada!"

"Tomanocu comunita de Iphone. Petista e recebe do bradesco para fazer propaganda!!! Que incoerência é essa? Tomanocu"

"O mulher ridícula"

"Nojenta!!! Ninguém ta querendo saber se vc está em suite ou não!!!"

Apenas repeti o erro de português dos posts que faziam parte das fotos da Bel Gil e da Luana Piovani no Instagram.

Tinha lido tudo isso um outro dia antes de dormir e fiquei pensando como as pessoas acham que podem ser assim tão agressivas... Fiquei me perguntando se elas acreditam mesmo que o fato de a pessoa ser pública, ou ter o Insta aberto dá a elas o direito de serem assim tão inconvenientes, mal educadas, desagradáveis, burras...

Hoje entrei no carro e estava passando Pânico (deve ser na Joven Pan). O ouvinte tentava falar enquanto os locutores - que nem sei o nome - ficavam falando por cima e dizendo que eles não queriam ouvir, que quem esse cara achava que ele era pra ficar pedindo música... "O dia que você tiver uma rádio você decide a música que toca" eles diziam berrando... Quem você acha que é pra ficar dando dica de música pra gente... e o cara respondeu "Eu sou um ouvinte". O cara é um ouvinte que ligou lá e eles atenderam pra ficar zoando... Um ouvinte.

Mudei de rádio. Não tenho saco e não acho graça nenhuma dessas piadas. Nunca achei, nem aos 15, nem aos 20 nem aos 30 e nem aos 34. Provavelmente nem aos 100.

Tudo isso pra dizer que vivemos num mundo de agressividade gratuita, de uma zoação sem limite. As pessoas acham que elas podem se expressar grosseiramente em qualquer rede social. Em grupos de whatsapp. Não dá mais. Não dá mais!

Nada me tira da cabeça que é assim que nasce um(a) agressor(a). É assim que as pessoas começam a achar que tá ok não se colocar no lugar do outro. É assim com uma "brincadeirinha" aqui outra ali... Até onde chegam os níveis de agressão dessas pessoas eu não sei, mas algo me diz que as pessoas que atiraram uma pedra e mataram um menino de 17 anos que chegava em Santos ontem fariam essas "brincadeirinhas" com tranquilidade. Algo me diz que os 30 imbecis que estupraram aquela garota foram criados achando normal "brincar"... Xingar... Fazer gracinha... Mandar pros amiguinhos que vão rir, e vão dar continuidade nisso tudo.

Enquanto a gente achar que "isso é normal", "que ela deu motivo", "que o instagram é aberto", "que ela é Petralha/Coxinha"... Enquanto a gente conviver com gente que quer genuinamente que "o outro se foda", continuaremos dando brecha pra agressões diárias. Não dá mais, sério... Não dá mais!

#todosporela #todosporelas #estupronuncamais

domingo, 17 de abril de 2016

Aquele bronze infinito... #errejota

Toda vez que volto do RJ fico querendo ter uma vida mais carioca. Quero tomar mais sucos e menos cafés. Quero querer fazer esportes de manhã, quero ser morena porque me expus naturalmente ao sol. Quero andar de sandália baixa o fim de semana inteiro. Quero não puxar a minha franja com a escova. Quando vou ao RJ quero me vestir mais colorida, quero um açaí no meio da tarde, quero atrasar o vôo e ver o pôr do sol.

Praia de Ipanema

Quando vou ao RJ quero ir na Farm, na Ecletic e na Wollner. Quero comer no Miam Miam, quero ficar olhando pela janela do táxi o tempo inteiro, quero fotografar todas as luzes caindo no Dois Irmãos. Quero correr de novo uma meia maratona. Quero encontrar a Marina. Quero ficar nega e ser confundida com uma carioca.

Dois Irmãos

Estando no RJ quero tomar um milhão de mates com limão, e quero choro toda vez. Quero sair de cabelo molhado. Quero encontrar artistas da globo e fingir que não acho nada de demais cruzar com eles na rua. Quero deixar a cortina do quarto aberta pra luz do sol entrar logo cedo e assim eu começar a aproveitar a cidade logo. Quero ir no cafeína da Farme de Amoedo e ir pra praia depois.

Forte de Copacabana

Sempre que vou ao RJ fico querendo ser carioca. Quero aquela cidade linda. Linda. Parece que nunca vou me acostumar com a beleza... Fico querendo aquele bronze infinito dos cariocas...  Fico querendo envelhecer gata como são as cariocas. Fico querendo sempre sentar na janelinha pra não perder nenhum detalhe. Fico querendo que todos os paulistas gostem dos cariocas como eu gosto... E concordo com o Marcos Palmeira: ser carioca é sempre um charme a mais....

Da janelinha,,,,


Dessa vez no RJ:

Tailandês escândalo de bom: Sawasdee
Pré praia: Cafeína e Forte de Copacabana
Badaladinho de botafogo: Iraja Gastro
Pós praia: Balada Mix

domingo, 27 de março de 2016

Do mundo pro meu coração!

"Queria morar nessa cidade!", dizia a mensagem que recebi do meu amigo que está em NYC passando uns dias. Me empolguei com ele - por whatsapp mesmo - quando me contou o que faria em cada dia. Sugeri outras coisas, mandei um mapinha. Fui pedindo fotos, fomos conversando durante toda a sexta-feira. "Essa cidade é muito foda cara!!!." Entre um ponto turístico e outro a gente foi conversando da vida, de relacionamentos, de trabalho... "Chinatown". E eu fui sendo mais feliz, mais energizada, mais empolgada. "Mora aí sim, daí vou me hospedar no seu sofá", eu dizia como se estivéssemos tão perto como a proximidade da nossa amizade.

Se tem uma coisa que eu gosto nessa vida é me enxergar nos meus amigos. Esse pertencimento me faz um bem. É um conforto, é um saber pra onde correr, com quem correr, é um saber com quem rir, com quem chorar, com quer ir pra academia, com quem tomar todas, com quem fazer dieta, com quem falar de amenidades, é saber quem vai entender minhas loucuras e quem vai me dar bronca merecida.

Já tive mais amigos, e fiquei refletindo sobre isso depois dessa minha conversa com ele. Ele permaneceu. Ele que é meu irmãozinho brasileiro, paraquedista, bem sucedido e que conhece 40 países. Hunf! Como eu gostaria de estar mais perto, de falar por tanto tempo o tanto de merda e de filosofias que falávamos quando ele morava no Brasil. Santo whatsapp! Deliciosa NYC do meu coração que foi o gatilho desses momentos felizes, ele lá e eu cá.




sexta-feira, 11 de março de 2016

Gente que adora responder essas perguntas bestas.... EU!

1. Você gosta de coentro ou acha que tem gosto de sabonete? Não gosto, mas tento respeitar o cozinheiro e geralmente não peço pra baiana não colocar numa moqueca... Tento separar no cantinho... A educadinha da mamãe =)

2. O que você acha de áudios do WhatsApp? Detesto. Sempre, em todas as situações. Se for pra mandar audio prefiro que me ligue. E também me irrito com essa mania de querer ficar economizando tudo...


3. Você também comia o chocolate da Turma da Mônica pelas bordinhas? Claro! E fazia o mesmo com passatempo e com aquela bolacha de coco que tinha um casinha e um coqueiro.

4. Qual é a melhor consoante do alfabeto? Sei lá... Nenhuma é melhor que a outra eu acho...

5. Qual é a primeira rede social que você vê de manhã? Instagram é a primeira da manhã e a última da noite.

6. Você acha que existe alguma bala melhor que 7 Belo? Frumelo e 7 Belo são as melhores dessas básicas. 7 Belo me lembra minha querida tia Clementina, Frumelo me lembra a escola. E tem as balas mais animais tipo a de leite da Kopenhagen... Essa é muito foda também!

7. Que cor você acha menos confiável? Marrom... Só gosto da minha pele marrom, de resto quase nunca eu gosto.

8. Qual foi o último filme que você viu e odiou? Já nem lembro, não guardo minha memória com essas coisas que odeio.

9. Qual animal parece mais simpático, um pato ou um golfinho? Golfinho.

10. Toddy ou Nescau? Se for pra preparar em casa Toddy, se for pra tomar o pronto tipo longa vida Nescau.

11. Você acha que bebês conversam uns com os outros? Não.

12. Sabia que todo mundo é feito de poeira de estrelas? Não.

13. Ouro Branco ou Sonho de Valsa? Ouro branco.

14. Qual era seu desenho favorito na infância? Smurfs.

15. Que série você jamais reveria? Nunca vi nenhuma inteira.

16. Qual personagem do Harry Potter você menos gosta? Nem sei quais são os personagens.

17. Qual é sua opinião sobre barrinhas de cereal? São uma fraude.

18. Com quem você dividiria um Bis? Bis é um átomo: indivisível.

19. O que você faria se achasse R$ 50 na rua? Ia ver se tem algum provável dono em volta. Se não tivesse acho que pegaria uai.

20. Quanto tempo uma comida precisa estar na geladeira para você considerar ela velha? Depende da temperatura e do tipo de comida. Carnes tendo a achar que ficam velhas mais rápido.

21. Qual é seu número preferido? 44

22. Qual é o aplicativo mais inútil do seu celular? Nuossa, vou ter que colar... Um que vê quem deixou de seguir no instagram. Acho que nunca usei isso...

23. Quem você tiraria do elenco de “Friends” se fosse obrigado? KCT.... Não consigo responder isso.

24. Você é contra ou a favor de comer macarrão com arroz? Contra, mas se for bolinho de arroz não sou contra.

25. Qual foi a última vez que você precisou usar a Fórmula de Bhaskara? Deve ter sido no vestibular.

26. Você acha que dá para morrer de overdose de rúcula? Não né...

27. Quanto tempo você levou para entender como funciona o Snapchat? Nunca nem vi essa bagaça. 

28. Qual é sua opção favorita no restaurante por quilo? Um pouco de cada. Mas é bom que fique claro que detesto restaurantes por quilo....

29. Você gosta de “Sorry” do Justin Bieber? Is it too late now to say sorry... Yes gosto! Me lembra Miami.

30. Você prefere passar muito frio ou muito calor? Muito calor.

31. Você está dormindo e sobe uma barata na sua cara. Você prefere continuar dormindo e nunca saber ou acordar e fazer alguma coisa? Nunca saber.

Quem quiser responder manda ai no comentário que vai direto pro meu e-mail! =)

domingo, 6 de março de 2016

Batendo perna em Pinheiros

Das coisas que eu adoro em São Paulo estão as muitas opções de tudo... Pode ser que eu não use nenhuma mas eu adoro as opções, principalmente as bonitas e descoladas... Nesse fim de semana fomos bater perna por pinheiros. Tudo começou com o mercado de Pinheiros que está bem na moda, o Alex Atala está com o seu Instituo Ata em alguns boxes por lá. Além disso, também tem o café Mocotó e uma Cevicheria que estavam bombando de um tanto que desencanamos de pegar a fila. Resolvemos o problema da fominha pré almoço com um picolé de uma fruta que eu não consigo lembrar o nome agora meudeusdocéu! Enfim... vou ter que voltar lá pra depois concluir o que eu achei mesmo desse mercado... No geral tem boxes com tudo que se pode imaginar, 200 tipos de farinha, feijões, frutas secas (inclusive quase tudo mais barato que na Zona Cerealista on line), carnes, peixes, frango, frutas, tudo.

Mercado de Pinheiros
Saindo de lá passamos na Galeria Nacional que como eles mesmos se denominam é uma loja dedicada às novidades do design brasileiro. O vendedor sabe explicar tudo que vende na loja, do nome do artista ao conceito utilizado. No geral nem tenho grana pra esse tipo de coisa mas eu realmente admiro gente bem treinada assim, e não é só pelo treinamento, é a dedicação, o comprometimento com o trabalho. Acho muito legal. O site é esse aqui: Galeria Nacional. Saímos de lá com um cachorro, cachorra na verdade, o Renato está escolhendo o nome ainda.

Como já estávamos na Mateus Grou aproveitamos e fomos conhecer a loja de uma amiga do pilates, a Fabi. A loja dela é a Collector55 que também é uma gracinha! Os itens são todos fofos e eu sempre fico com uma indecisão absurda sobre o que levar e pensando que a casa poderia ter mais paredes pra pendurar tudo que eu queria ter. Claro que saímos com uma sacolinha e o Renato mais hidratado depois de um Heineken gentilmente oferecida pelas meninas. Pra além dessas gentilezas e bonitezas já to sabendo que vai rolar uma oficina de cerâmica por lá, acho que vale a pena seguir no instagram pra saber das novidades. E isso não é publi porque eu não sou ninguém nesse mundo dos blogs rsrs, é porque achei legal mesmo, e porque se for pra indicar alguma loja que seja loja de amigo, né não?!

Bem... e ai foi isso... E se tem uma coisa que é legal pra mim é fazer coisa diferente. Dá uma sensação de aproveitamento do tempo, de aproveitamento de vida. Sei lá... Acho que o dia a dia já é tão quadradinho que caberia numa planilha, e fazer as coisas diferentes fazem bem, mesmo que o diferente seja assim tão simples e fácil de fazer acontecer.

Rua Mateus Grou
Só não almoçamos por lá porque o almoço já estava pronto, porque tem um restaurante bem ali do lado que parece bem gostosinho... Mas vai ficar pra próxima. Aí voltamos pra casa famintos e rapidamente atacamos a banana frita que compramos no Mercado de Pinheiros lá no box do ATA e fomos felizes naquele sábado ensolarado. Um brinde às coisas simples da vida. Ah, as pequenas felicidades!

Inclusive acabei de criar o marcador "Sampa" onde pretendo colocar as minhas dicas de coisas que acho legais por aqui.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Sobre auto-conhecimento, felicidade e exercícios

Saio da academia num domingo às 14:30 sob olhares de estranheza. Cruzo com pessoas que foram almoçar no shopping e dão aquela olhada na minha roupa de ginástica e na minha super garrafa de água. Consigo imaginar o que passa na cabeça delas, que deve ser bem parecido com o que eu pensava há uns anos...

Eu achava que ir a academia todo dia fazia a pessoa ficar seca, nada de gordura (ahammmm). Achava que quem ia a academia aos finais de semana só podia ser neurótico ou que não tinha mais nada pra fazer. Achava musculação chatíssimo, mesmo sem nunca ter feito uma série. E que quem fazia muito exercício com peso ficava monstro de grande.  Achava que gente de academia era fresca e chata.

Mantenho meu ritmo 'devagar e sempre' e assim meu número de calça jeans quase nunca aumenta. Com um orgulho que é só meu sei que aos 34 anos estou melhor que aos 25. Meu percentual de gordura em 2006 era de 28% e em 2015 era de 19%. [Parei pra pegar o relatório da nutricionista que mede com aquela pinça maldita: são 8,9 kgs a menos de gordura e 4,3kg a mais de massa magra]. Caraca dá até uma coisa pensar que tinha quase 2 sacos de arroz a mais de gordura nesse corpo de 1,57m! rsrsrs.

Escuto algumas pessoas falando da minha disciplina e de como sou um exemplo... Já pensei muitas vezes nisso e concluo que não é isso. É auto-conhecimento. Quase egoísmo. Eu sei que isso me faz bem. Eu sei que sou mais feliz quando eu faço o que eu quero, e eu sei que só me arrependo de não fazer exercício, nunca me arrependo de ter feito...  Além de ser parte do que acredito, as tais pequenas felicidades....

Uma pequena felicidade importantíssima pra mim é cuidar de mim. Seja fazendo exercício, seja tomando sol na laje, seja cozinhando uma comida bem natureba, seja tomando um espumante muito gelado numa quinta a noite, seja ficando sozinha. Quando vou a academia cuido de mim, e saber que eu faço isso só pra mim me deixa mais feliz. Soa egoísta, mas me sinto bem.

Sou muito "just do it" pra exercício, vou lá e faço, mas percebi com o tempo que assim eu vou dançando com a minha genética em vez de só brigar com ela. Eu sei de onde eu vim, eu conheço a minha herança corporal.Tenho uma família que ama comer, e eu amo comer. Eu amo glúten e amo lactose. E adoro drinks. E só comemoro com comida, e me recompenso com comida também. Teria de tudo pra ter aumentado aqueles 9kgs de gordura: mais idade, mais problema, mais trabalho, mais stress, mas a minha fuga é parar um tempinho por dia pra mim, pra mim o melhor custo benefício é fazer academia. Just do it.

E hoje nesse domingo como qualquer pessoa normal eu enrolei pra ir. Ponderei que já tinha feito exercício 5 vezes essa semana. Pensei se não seria melhor primeiro almoçar e depois ir. Pensei que o dia estava nublado e bom mesmo seria ler um livro. Olhei o facebook. Pensei que como eu bebi ontem eu não renderia hoje. Olhei o instagram. Me arrependi de não ter ido ao show dos Rolling Stones. Pensei que como o almoço seria macarrão o ideal era ir fazer academia depois, afinal seria um ótimo pré treino. [Pausa pra verdade: essa era uma forma perfeita de eu ir jogando pra frente, pra acabar desistindo e concluir que hoje é domingo e que eu não preciso ser tão neurótica assim. E enquanto isso ia chegando as 17h e academia fecharia e ai não ia ser culpa minha a Body Tech estar fechada. Minha cara isso. Auto-conhecimento é tudo nessa vida]. Olhei o instagram de novo e lá estava o vídeo do bolo que minha mãe fez pro aniversário da minha cunhada. Creme branco, morango e chocolate. Click. Pensei que fazer 40 minutos de musculação ia dar uma ajudada a queimar esse bolo que vou comer depois de matar um hamburger mais tarde. Troquei de roupa, tomei um BCAA e enchi minha garrafa de água.

Quinze minutos pra ir e quinze pra voltar. Quarenta e cinco minutos de treino. Pouco mais de uma hora do meu domingo. De boa total. Volto dirigindo e dançandinho alguma música pop que toca no rádio. Pondero comigo mesma que essa alegriazinha só pode ser coisa dos hormônios gerados pelos exercícios que fazem essa gente de academia. =)

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Um mergulho ou Eu que sempre detestei dinâmicas de grupo...

... sempre detestei o primeiro dia de aula, ou o primeiro dia do trabalho, ou qualquer situação de interação forçada com as pessoas. Sempre fui muito mais filha da minha mãe que do meu pai nesse aspecto... Sempre fui tida como tímida, chorava pra não frequentar as aulas de balé, chorava em todos os parabéns pra você, e detesto até hoje todas as situações de socialização com muitos desconhecidos.  O que não me impede de forma nenhuma de puxar papo com alguém que eu queira, de ser simpática na fila do supermercado, de contar a minha vida pra alguém, de escrever sobre meus sentimos por aqui, de ficar horas conversando com alguém que fui com a cara....

Voltando às dinâmicas... Na época dos estágios sempre tinha esse exercício que eu detestava. Detesto até hoje (to repetindo muito isso, né?! rsrsrs). Por muitas vezes depois da fase da dinâmica de grupo eu recebia a notícia de que eu não tinha passado pra próxima fase... Não tinha o perfil da empresa... Sempre achei muito superficial essa forma de selecionar pessoas. Sempre tive dificuldade de acreditar que é possível saber se um candidato tem ou não perfil em tão pouco tempo...

Como a vida é boa, e como o universo coloca a gente em contato com as pessoas certas... E como os livros nos escolhem cá estou lendo o meu queridinho atual "O poder dos quietos" - Susan Cain, que ganhei da minha antiga analista que se mudou do país. Acabei de ler o trecho abaixo. Ele me fez parar de ler pra escrever isso. Pra por pra fora o que vem a minha cabeça quando estou na maioria das vezes sozinha. Pra escrever quase como uma psicografia, sem dificuldade, sem ter que ficar lendo duas ou três vezes... O oposto do que sou no trabalho quando empaco se tem muita gente em volta, ou muito barulho, e preciso colocar um fone de ouvido e voltar pra minha concha.... Adoro a minha concha!

"William também identifica o treinamento em liderança como o benefício principal do aprendizado cooperativo. Na verdade, os professores que encontrei pareciam prestar muita atenção às habilidades de administração dos alunos. Em uma escola pública que visitei no centro de Atlanta, uma professora da terceira série apontou um aluno que gostava de 'fazer tudo sozinho'. 'Mas o encarregamos da patrulha da segurança um dia, e ele teve a chance de ser um líder também', assegurou ela.

Essa professora era gentil e bem-intencionada, mas me pergunto se o jovem agente de segurança não estaria melhor se apreciássemos o fato de que nem todos aspiram a serem líderes no sentido convencional da palavra - que algumas pessoas querem se integrar harmoniosamente ao grupo e outras querem ser independentes dele. Muitas vezes, as pessoas mais criativas estão na última categoria. Como Janet Farrall e Leoni Kronborg escrevem também em Leadership Development for the Gifted and Talented [Desenvolviemnto da liderança os dotados e talentosos]:

Enquanto os extrovertidos tendem a alcançar a liderança em domínios públicos, os introvertidos tendem a alcançar a liderança nos campos teóricos e estéticos. Líderes introvertidos excepcionais como Charles Darwin, Marie Curie, Patrick White e Arthur Boyd, que criaram novos campos de pensamento e rearranjaram o conhecimento existente, passaram longos períodos de suas vidas na solidão. Logo, a liderança não se aplica apenas a situações sociais, mas também ocorre em situações mais solitárias como o desenvolvimento de novas técnicas nas artes, a criação de novas filosofias, a escrita de livros profundos ou a inovação científica."

Fecha aspas! Clap clap clap. Muito longe de querer me comparar a qualquer um desses líderes, acho que nem sou tão introvertida assim... Pra mim é bem importante como pessoas pensantes fazermos questão de olhar além desse tipo de rótulo. Acreditar que todos temos que ser iguais, seguir um padrão sem questionar, sem olhar em volta me parece burrice. Trabalhei com um cara que dizia "não aceito discussões rasas". É isso. Me sentindo muito acolhida por esse livro!


segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Eu AMO São Paulo

Várias vezes eu pensei nesse tema de amor por São Paulo. Várias vezes atravessando uma rua super movimentada eu me encontrei comigo mesma em São Paulo. Como a maioria das pessoas que eu conheço já me senti muito estressada por aqui, e já passou pela minha cabeça sim em ir pro interior. Assim como já me passou pela cabeça ter um carro blindado, assim como já quis mudar de trabalho (e mudei) por causa do trânsito infernal que encontramos por aqui.
Jóquei - Jun/2015

Eu poderia listar muitas coisas chatíssimas de São Paulo mas prefiro pensar nas coisas muito legais - que na maioria eu nem aproveito, mas adoro saber que estão a minha disposição. Muito do que vejo e valorizo hoje em São Paulo me saltou aos olhos depois de NYC. Todo mundo paga pau pra NY. Todo mundo fala da Big Apple como um lugar animal, perfeito e tal... Não sou conhecedora de lá, mas como sempre prestei muita atenção em tudo, inclusive nas coisas ruins, isso me ajudou muito a lidar com o sentimento de stress que São Paulo eventualmente me traz. E sim, eu adoro NYC e voltaria pra lá sempre... Assim como sempre vou ter SP no meu coração.

A lista de coisas que adoro em SP - e muitas que NYC me ajudou a prestar mais atenção:

Oscar Freire - Jul/2015
- Não ser ninguém: se tem uma coisa que não suporto é o famoso "sabe com quem você ta falando?". Pois é... Adoro ser ninguém em SP... Adoro ninguém comentar minha roupa, meu carro, meu trabalho...Adoro não dar satisfação pra "sociedade"rsrsrsrs. E adoro saber que quase ninguém é alguém por aqui.
- Poder ir a qualquer restaurante animal: cabeça de gorda, nunca deixaria de valorizar as opções de comidas paulistanas.
- Comer a melhor pizza do Brasil - se bobear do mundo num domingo a noite na minha casa.
- Viver com menos: ninguém precisa de tanto espaço. Tanto aqui como em NYC os imóveis são caros (cada um na sua proporção) e depois de viver numa casa gigante hoje moro com o marido num apê pequeno, e eu sei que não preciso de um quarto de hóspedes, nem de uma varanda, nem de uma copa e uma sala de jantar. "Precisar" menos. Adoro saber que não preciso de um monte de coisas.
- A possibilidade das bicicletas: e na boa, não to quase nem ai pra galera que detona as ciclovias. Tenha paciência gente que eu convivo (todo mundo bem de vida, com grana pagar carro e reclamar de barriga cheia) ficar torrando porque ciclovia atrapalha seu carrão... #caguei
- Do Ibira ao Severo Gomes: dois lugares de SP que eu adoro muito... Já sou mais feliz só de estar na República do Líbano... Não vou tanto ao Ibira, mas já corri bastante por lá... O Severo Gomes é meu queridinho, totalmente emocional, e já devo ter feito algumas maratonas por lá... Muitos treinos, muitas conversas, muita água de coco, muita picada de pernilongo, muitos cheiros de dama da noite. Adoro.
- Teatros: Não vou a quase nenhuma peça, que fique claro, mas gosto de saber que todos os bons espetáculos passarão por aqui, assim como os shows, e exposições.
Shows: como não amar ter o David Gilmour por aqui? Ou a Madonna, ou o U2, ou os Rolling Stones...
- Av. Paulista e Jardins: adoro tipo muito. Adoro passar pela Paulista e ver como as pessoas são diferentes. Ver gente vestido de roupa diferente, sair desse mundinho de roupa de escritório ou de tendências de moda. Adoro ir aos restaurantes dos Jardins e ver gente bonita, ver gente do bem, ver gente do mesmo sexo andando de mãos dadas sem as pessoas ficarem se olhando querendo dizer que tem algo errado. Gosto de ver pelas janelas dos prédios antigos e imaginar quem mora por lá e qual a decoração daquele lugar.
- Serviço: Como não amar os garçons de SP? Geralmente não são de SP mas são uns fofos, quase sempre bem treinados que fazem qualquer saída ser mais suave. E todos os outros serviços animais que temos por aqui, tipo drinks executados com perfeição, tipo professores (os meus queridos da academia) super atenciosos... etc e tal.
- Estrutura: adoro saber que as coisas tem o mínimo de estrutura, que as regras existem, e que se eu perder os meus documentos eu posso resolver tudo no Poupa Tempo.
- Pressa: eu adoro ter pressa. Adoro adiantar... Adoro programar... Adoro!
- Ir sempre aos mesmos lugares: rsrsrs... essa sou eu... paulistana, que sabe que tem muitas opções e que escolhe repetir os mesmos restaurantes, com as mesmas companhias e pedir os mesmos pratos. rsrsrsrsrs.

Ibirapuera - Abr/2015
Certeza que esqueci de um monte de coisas e agora vou ficar pensando em todo o resto que adoro em SP... Depois eu edito esse post se for o caso, afinal, paulistana que é paulistana quer adiantar as coisas todas, e já tá me dando um siricutico essa demora pra publicar o post logo! Hunf!

(todas as fotos são minhas)




terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Sobre NYC, julgamentos, e me encontrar nos meus antepassados

Eu tenho até um pouco de vergonha mas eu queria ir de novo pra NYC... Me pego pesquisando passagens pra lá e todos os momentos são ideais: em setembro tem feriado, bom, mas nesse já tenho uma viagem marcada, em outubro seria excelente pra comemorar meu aniversário, em novembro seria ótimo porque tem o Black Friday e mais importante que isso tem o aniversário do Re. Em dezembro tem as férias coletivas. Dezembro? Oi? Quem aqui prometeu que não voltaria pra NYC no inverno???

Não sei o que é.... Pode ser que seja o fato de eu estar seguindo perfis da cidade no instagram @behindthescenesnyc @nyctips_ @pedroandradetv @partiuny. Esse último de amigos, bem, conhecido meu, e ex colega de trabalho do Rê. Aí além de insta tem facebook. E tem a Didi Wagner que tem as #didicas e escreveu o guia Minha Nova York, que eu tenho e que também pipoca no meu facebook....

Pode ser que seja o fato de eu ter feito 3 viagens realmente muito especiais para lá. A primeira eu estava com a minha família, foi 2 anos antes do meu pai morrer. Tínhamos uma vida muito alegre, morávamos em Manaus, meu pai era executivo de multinacional, e a nossa vida era muito confortável. Nunca tive moleza em casa, mas nunca passei necessidade, e com meus super 14 para 15 anos de idade acho que eu não tinha muita noção de que estava numa super cidade. É verdade que naquela época a Disney me empolgava mais - o que demonstra que a minha chatice também tem limite.

A segunda ida pra lá foi em 2014 com o Re. Tinham se passado 18 anos desde a última ida aos Estados Unidos. A vida teve muitas mudanças desde essa ida com a família. Tudo bem. Tudo certo agora. Os motivos que fizeram não ir à America não foram só coisas ruins. Europa foi escolhida duas vezes, dessas coisas que a gente faz com vinte e poucos anos e com uma mochila nas costas. Depois Argentina e Chile e o passo de comprar um apartamento e fazer uma reforma mudou totalmente a prioridade. Todo $$ era direcionado pro apto que até hoje não tem cortinas rss. A decisão de ir pra NYC em março foi determinada pelas 35 mil milhas por trecho que pagamos. Sabíamos que estaria frio, não imaginávamos que seria tão frio. Eu ficava monitorando a temperatura e sofria... Pedi casaco emprestado pra minha prima, roupas térmicas pra minha irmã, e me preparei psicologicamente pra morrer de frio. Morri de frio. Morremos de frio. Lembro que pegamos umas luvas emprestadas com a minha mãe. Luvas de couro com pele por dentro. Eu peguei as luvas dela e o Rê ficou com as que eram do meu pai (sim, estavam guardadas tantos anos depois). Pela falta de uso das luvas masculinas acho que elas se estragaram com o tempo, e ela foi se desfazendo logo no início da viagem. Cada vez que o Renato tirava caia um tufo de pelos. Foi uma piada. Muito frio. Muita animação com os americanos e sua forma de fazer as coisas direito. Restaurantes maravilhosos, peças, jogo de basquete. Fizemos "uma viagem de gente grande". Encontramos amigos, andamos o metrô de cabo a rabo, batemos perna por tudo que podíamos. Foi demais. Deixou aquela vontade de voltar. O frio serviu como desculpa "vamos visitar a estátua da liberdade da próxima vez, quando não estiver tão frio"... "Vamos ao Brooklyn numa próxima vinda, o legal é cruzar a ponte a pé, e está muito frio", "corrida no Central Park, fica pra próxima"....

Não imaginava que a próxima seria pouco depois de um ano.

Os tais julgamentos...


Pausa pra minha reflexão de pessoa que não está acostumada a viajar.... Ou melhor, de pessoa que convive com pessoas que não viajam sempre e que de certa forma me julgam por isso... Ou o famoso "só enxergam as pingas que eu tomo e não os tombos que eu levo"....

Eu sinto que algumas pessoas acham que tenho muito dinheiro, ou que ganho muito bem ou que simplesmente "passeio muito".... Claro que essas pessoas não sabem que eu não tenho 10 sapatos pretos, e que as minhas bolsas não combinam com eles... Nem que o último casaco de inverno que comprei foi em 2010 (caraca, faz tempo mesmo rsrs), ou que fico comparando o preço da mussarela fatiada com o da picanha e não compro porque acho um abuso ser tão caro. E também não tomo suco em restaurante porque eu acho um assalto uma limonada custar R$ 8. Hunf!

Minha infância nunca foi repleta de viagens. Sempre íamos religiosamente pra Santos e pra Anastácio. Férias sempre tinha viagem pra esses lugares. Família. Eventualmente uma ida ou outra para Marília, Assis, Campo Grande, Dourados. Tudo para visitar a família. Ponto final. Posso considerar que só tive uma vida com mais "conforto" financeiro quando meu pai era vivo, portanto por 17 anos e ainda assim nessa época meu pai sempre deu uma mão pra família... Nesse período as viagens de turismo foram: Orlando/Miami, NYC/Orlando/Miami, Bariloche (viagem de formatura). Fim.

Me formei, comecei a trabalhar, e ai... Bom aí só fazia sentido tirar férias se tivesse viagem, portanto....

2006 fui pra Europa mochilar: Madri, Barcelona, Roma, Milão, Florença, Veneza, Paris e Amsterdam. Viagem de amigas. 4 meninas juntas por 24 dias. Aquela loucura de querer conhecer todos os lugares, gastar pouco dinheiro e tirar todas as fotos do mundo. Faz parte da vida. Não recomendo tanta cidade em tão pouco tempo.
2007 fui pra Itacaré sozinha no esquema iPod, livros e reza pra não entrar em depressão. Foi tudo bem.
2007 eu e a Rafa fizemos um tour pela Bahia: Trancoso, Praia do Forte e Morro de São Paulo. Até dormir no aeroporto teve. Até processo teve, e no final das contas a viagem saiu de graça.
2008 Europa de novo. Amigos nos fazem viajar e rir, demaixxxx. Dessa vez: Milão, Londres, Berlim, Veneza e Florença (sim, repeti a Itália e repetiria tudo de novo)
2008 minha mãe fez 50 anos e de presente fomos a família para Buenos Aires. Foi a primeira viagem dela e do Fê pra fora do país depois que meu pai morreu. Importante.
2009 fui pra João Pessoa com a Rafa de férias depois de ter corrido a meia maratona do RJ
2009 Porto de Galinhas com o Re - nossa primeira viagem juntos, estava com medo de tudo dar errado, mas tudo deu certo e ainda encontramos um casal amigo que estava hospedado no hotel ao lado!
2010 Argentina e Chile. Frio de julho e 15 dias conhecendo os lugares bem devagar.
2011 Praia da Pipa logo depois da virada do ano
2012: foco na reforma, nada de viagens... Talvez Rio de Janeiro, Curitiba, mas viagens de fim de semana
2013 começamos o anos com a Ivete em Maceió
2014 NYC e um feriado em Buenos Aires (presente de aniversário para a mãe e a sogra)
2015 Praia do Forte reveillon e encontro com  família que mora na Bahia
2015 Disney e NYC e aqui estou eu analisando a minha vida inteira num post que era pra falar das minhas saudades da big apple... rsrsrs. Foco tá foda!

Eu sou da minha família! Iupiiiii!


Não sabia até pouco tempo de onde vinha essa coisa por viajar (não posso ficar um pouco ociosa que já entro no decolar rss). Da minha família não vinha muito esse incentivo, as pessoas não costumavam e nem costumam fazer muitas viagens, percebo um misto de falta de grana com algum desinteresse - coisa que definitivamente eu não consigo entender. Aí num sábado a noite em Santos estávamos eu, o Rê e minha avó na Ilha Porchat, quando ela começa a me contar da sua viagem pra Espanha. Ela foi pra lá com os pais e o irmão quando era adolescente, essa história é uma velha conhecida... Sempre a mesma história, sempre falando do tal Ford que levaram junto, dos passeios de bicicleta e dos churros que comiam todas as tardes... Mas de repente minha avó começou a falar de outras viagens que meus bisavós fizeram. Click. E do enxoval de uma tia avó que tinha sido comprado na Ilha da Madeira. Click. E de não sei o que na Argentina. Click. Minha cabeça que já tinha uma ou duas caipirinhas foi entrando num estado de conforto que eu até mandei uma mensagem pra minha terapeuta. rsrsrs. "Eu sou da minha família! Minha avó está me contando as histórias do pai dela. Ele viajava para o exterior com os filhos da década de 50, e gostava das coisas boas da vida..."

Paixonite pela Big Apple


Janeiro de 2015, mega promo TAM. Trocava mensagens com a minha mãe e a minha irmã que estavam em Santos. Quase compramos passagens pra Miami rss, empolgação... Queria mesmo era ir pra Paris, mas as passagens custariam uns R$ 4 mil reais. NYC estava por menos da metade desse valor, em junho. Em junho! Calor! "Pô, mas fomos pra lá no ano passado"... "é, mas tem tanta coisa bacana pra fazer lá", "mas a gente queria mesmo era ir pra Paris"... "mas custa o dobro só a passagem".... Eu e o Renato estávamos tomando um vinho enquanto olhávamos o site e bem... Junho, mês do dia dos namorados... Quando comemoraríamos 6 anos juntos, puta ocasião pra ir pra NYC. Vamos pra NYC!!!!

E assim foi a terceira ida pra querida NYC.... Temperatura agradabilíssima. Passeios ao ar livre. A sensação de felicidade por estar lá de novo. Uma alegria de andar por aquelas ruas abarrotadas de gente e não ter que carregar peso de casaco. E não ter medo de ser assaltado. E errar o metrô na primeira vez que andamos, e depois achar que estávamos em casa de novo e que podemos até dar dicas pras pessoas. Escolher o melhor lugar pra tomar café da manhã e querer voltar de novo, e de novo, e de novo.....

(estou relendo esse texto e pensando que é bom dar uma olhada no preço das passagens, vai que tem algo super bom por ai... rsrs)




 O título era pra ser NYC, e foi escrito em 29/07/15. Nesse mesmo 2015 ainda teve Inhotim, Punta Del Este e Miami. Tudo de forma muito organizada, aproveitando oportunidades, usando milhas, e priorizando o que importa. Dedos cruzados para que em 2016 essas boas oportunidades continuem aparecendo!