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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Obrigada Bezerra de Menezes

Tentando reproduzir o que ouvi há poucos minutos na Seara Bendita na palestra do C. O palestrante falava sobre Bezerra de Menezes, foi aniversário dele ontem, e entre alguns pedaços da vida dele o palestrante contou que em algum momento o Bezerra de Menezes recebeu um convite de Maria para mudar de plano espiritual, evoluir. Bezerra de Menezes, ficou feliz! Pensou nossa, que legal ir pra um plano mais elevado, onde não há guerras, não há tantas brigas, terei um mundo melhor. Parou... Refletiu... E pediu pra agradecer Maria. Ele disse que ainda tinha muita coisa pra fazer nesse plano, e que afinal, como poderia ir para outro plano e deixar seus entes queridos pra trás....

Obrigada Bezerra de Menezes! Obrigada por "alguém" me entender.

Me colocando em comparação com ele, que eu sei, eu sei, que é um exagero.... Há um abismo entre ele e eu, mas ok, sou um espírito também... Fiquei mais calma quando ouvi essa história do palestrante porque me identifiquei demais. Sei que tenho que andar pra frente, viver minha vida, mas, MAS - bem grande - eu não consigo ser 100% feliz sabendo que meu avô, que é um pedaço de mim, sofre. Simples assim. Nem sei se ele sofre mesmo, porque nunca sei se é consciente ou não o que ele está vivendo. Se não for talvez ele não sofra. Improvável. E aí eu sofro e ponto final. Sofro junto, e sofro separado imaginando o sofrimento. Parece um dramalhão, né?! Então sou dramalhona e F...

Outro dia numa das minhas choradeiras eu simplesmente percebi que eu não podia fugir do que eu sinto e o que eu sinto dói. E assim vou indo, sentindo e talvez me acostumando, devargarzinho, a sentir o que tá acontecendo aqui dentro.

sábado, 10 de agosto de 2013

Manhê, feliz dia dos pais!



Manhê!!!!!

Sim, há quase 15 anos é "mã", "manhê", "mãe", etc e tal.... Chegou o dia dos pais, né mãe?! E seria um tanto quanto esperado se eu parasse aqui mais um dia pra escrever sobre o meu avô nesse período de recuperação dele... E falasse como ele foi - também - durante esses 15 anos meu pai. Até porque bati muitíssimo nessa tecla no período de sua recuperação. Também seria chatinho - não desmerecido, é claro - se eu fizesse uma homenagem ao meu pai, acho que faço isso sempre....


Outra coisa é que outro dia foi aniversário da minha mãe, e eu teria escrito um post tranquilamente sobre ela se não estivesse num curso, cansada, acabada e o fizesse apenas pra cumprir minha tarefa de "blogueirinha" que faz a família toda chorar. Só que não! Minha mãe merece mais que um "tick" nos meus TO DOs.

Outro dia me peguei pensando como eu pareço com a minha mãe. Engraçado que sempre achei que as características do meu pai sempre foram
extremamente fortes, mas pensando bem tenho muita coisa da minha mãe/pai.

Praticidade. O lance de resolver logo as coisas é muito a cara da minha mãe. A gente vê isso claríssimo nessa fase de recuperação do meu avô. Pá pum, resolve. Aliás, todos os filhos tem essa característica. Acho que somos mais intensos, e aí é Nilson total, mas pá pum resolve, e ela faz isso de uma forma mais serena, aparentemente se estressa menos, ou desconta nas unhas. Minha mãe resolve as coisas sem alterar a voz, e no geral quem não altera a voz não perde a razão e nem perde a elegância.

Minha forma racional de pensar no dinheiro. Apesar de sempre termos tido oportunidade, quer dizer, algumas épocas nem tanto, mas meu pai era um executivo, e nem por isso eu tinha roupas de marca. Nem por isso tive mais do que uma, sim eu disse UMA, boneca Barbie, e nem por isso ganhava tênis de marca, aliás, o primeiro foi o New Balance que juntei todos os 'dinheiros' que eu havia ganhado na vida pra comprar na World Tenis. De DIC - quem lembra? - pra World Tenis, saí super feliz. Minha primeira roupa de marca? Pakalolo, presente dos meus avós, minha mãe comprava na C&A e obrigada! Eu hoje sou mega cuidadosa com grana! E quando digo mega é mega mesmo! Não pago no quilo do queijo mais caro que no quilo da carne, mesmo não comendo um quilo de queijo (muçarela tá gente, faixa azul é faixa azul e sei valorizar as coisas), é uma questão de princípios. Com a minha mãe também tudo virou uma questão de comparação %. Se em tal lugar um item custa R$ 2, e em outro custa R$ 3 muita gente pensa, ah, ok, "só R$ 1". Pra mim é "só uma escandalosa variação de 50%". Me chamem de pão dura, me considero uma pessoa que pensa e não sou feita de trouxa.

Tenho uma timidez que é dela. Veio dela, aprendi com ela, e ainda vejo nela. Sim sou tímida. Apesar de parecer super comunicativa, e sou, eu não gosto de ser o centro das atenções, e isso é desde que nasci. Quem convive comigo sabe do meu pavor de "Parabéns". Faço uma apresentação na empresa, mas não me pede pro garçom trazer um bolo e começar a cantar parabéns no meio do restaurante. Detesto. Assim como não gosto de receber nada de presente no escritório, e abominaria ter uma faixa de declaração de amor na rua. Socorro senhor Jesus! Além de tudo acho brega.

Minha sobrancelha. Acho que é a parte do rosto que eu mais gosto. E meu nariz arrebitado que, coitadinho, já foi detestado por mim na adolescência. Hoje as pessoas acham que eu operei o coitado. Capaz, mal sabem que é uma característica Pesente fortíssimo. Italianos de nariz arrebitado. Sensacional.

O meu lado mãe... Sou mãe de todo mundo e até dela... Que é minha mãe, e as vezes minha irmã mais nova. Somos a mãe do Fê, eu ela e a Rafa. As vezes eu sou o pai mesmo, porque todo mundo sabe que meu pai era bravo demais, rígido, sei lá... E eu sou bem bravinha... Assim como os outros 2 filhotes da mama.

No mais nem sei... Só sei que acho muito bom quando dizem que eu sou a cara da minha mãe, porque eu acho que ela é linnnnda! Ela e a tia Rô tem uma carinha delicada.

De coisas que eu não tenho, ou ainda não descobri que tenho é toda a garra, energia, e luta que ela sempre teve. Não tenho e nunca tive até agora a dedicação que ela sempre teve pro meu pai, e muito menos a dedicação e doação que ela teve pra gente quando ele morreu. Acho mesmo que nós - filhos - fomos o motivo pra que ela conseguisse continuar a dormir e acordar.

Desde aquele dia que meu pai morreu e ela passou a ser o pai da casa muito bem assessorada pelos meus avós e tios, mas mais meus avós maternos, é um fato. Daquele dia pra frente parecia pra mim que minha mãe era imortal. Acho que a perda faz a gente adormecer algumas possibilidades, uma forma de fuga. Até outro dia, e é sério, eu achava mesmo que minha mãe era imortal. Hoje não consigo e nem quero pensar em perder ninguém, muito menos minha mãe. Não consigo nem imaginar ficar doente sem ter minha mãe pra ligar. Ficar grávida e não ter minha mãe pra estar do meu lado, mesmo sabendo que vou ficar nervosa, que vou dar uns chiliques e que ela como mãe vai estar ali me aguentando independente das crises hormonais ou da minha mania de quem sabe tudo.

Há quase quinze anos lembro todos os dias do meu pai. E lembro no dia D da minha mãe nos dizendo, como se fosse hoje, que precisávamos nos unir muito mais daquele momento pra frente. Tenho certeza que isso aconteceu. Apesar de as vezes não parecer, de as vezes cada um ter sua vida, ou cada um ter seus ideais eu vejo a cumplicidade no olhar do mini núcleo Pesente Bernardino. Nós quatro nos entendemos de olhar. Saem faíscas também só de olhar. Felicidades só de olhar e paz quando estamos juntos.

domingo, 4 de agosto de 2013

"Seja a mudança que você quer ver no mundo"

Essa frase aí do título é do Ghandi, até onde eu li, pesquisei no Google e sempre soube de tanto que li essa frase multiplicada, e compartilhada em todas as redes sociais que conheço. Achei pertinente pro que vou escrever agora, talvez um pouco audaciosa, mas pra mim isso tem muito a ver com o comportamento e com o que vou escrever daqui pra frente.

Na empresa que eu trabalho tem uma ferramenta que se chama PDI - Plano de Desenvolvimento Individual. Essa ferramenta ajuda as pessoas a identificarem pontos fortes e fracos em algumas habilidades ou competências que a empresa acha importante o profissional ter. Fiz meu PDI e uma sugestão do meu chefe foi ler o livro: "Saia da sua caixa - liderança e auto engano" do The Arbinger Institute.

Desenvolvimento Individual (ferramenta do trabalho) pra mim não é desenvolvimento se eu não aproveitar nada da minha vida profissional pra pessoal. Simples assim. Nem que seja pra ter um pensamento mais crítico quando vou ao supermercado é preciso agregar a ponto de eu internalizar o que me foi passado.

Escrever sobre esse livro é bem difícil, inclusive conversei sobre meu chefe com ele que, me disse que o leu umas três vezes e teve percepções diferentes a cada leitura. Claro, ela, sempre ela, a maturidade fazendo a gente ver as coisas de outra forma.

Resumidamente, e bota resumo nisso, esse livro diz pra gente não se auto enganar, auto trair (sentimentos) - e agora estou aqui sem saber se as coisas que estou escrevendo têm ou não hífen - então aí entra a parte difícil porque sabotagem contra a gente mesmo é uma coisa simmmmples de fazer, né?! Como, por exemplo, começar a dieta na segunda feira, arrumar o armário amanhã e todas as listas que nascem no dia primeiro de janeiro e ficam lá guardadas em algum lugar da vida....

Pra tentar explicar o que diz o livro, e de novo isso é muito superficial, ele dá um exemplo. Quando eu digo ele é o personagem que está ensinando essa teoria do auto engano. Ele conta da época em que seu filho era bebê e no meio de uma noite ele ouve a criança chorar e pensa imediatamente "vou levantar pra ajudar minha esposa que deve estar muito cansada, afinal cuidou do bebê o dia todo, teve todos seus afazeres, sempre é ela quem levanta a noite....". Essa foi a primeira reação dele, foi o que ele QUIS efetivamente fazer se não existisse o mas... Palavrinha boa pra gente, né?! Mas, mas ele estava tão cansado da trabalheira que tinha sido aquele dia. Mas ele sempre se esforçou tanto pra levar dinheiro pra casa. Mas ele tem o direito de dormir as horas que precisa pra trabalhar de novo no dia seguinte.

Todos esses "mas" começam uma fase de "justificativa" pra que ele não faça aquilo que inicialmente "ele quis" fazer. Aí ele pensa, bom vou fingir que não ouvi, afinal que boa mãe é essa que não escuta seu filho chorar? Que preguiçosa é essa mulher que não levanta a noite pra cuidar da criança  enquanto eu estou aqui morto e acabado de tanto cansaço, será que ela não enxerga isso? Tudo isso além de justificar o motivo pro cara não sair da cama inicia uma fase de "culpar o outro".

A esposa que estava dormindo virou uma megera simplesmente pelo fato de que o cara pensou duas vezes ao invés de levantar logo e ver o que acontecia com o bebê. Ele se sente sensacional porque trabalha e ao mesmo tempo a culpa de ser uma droga de mãe porque ainda não levantou, ou sequer ouviu o choro da criança.

Durante o livro ele dá muitos exemplos. Qual a relação com a caixa? Bem a caixa é como se fosse se colocar no lugar do outro. O pai está na sua caixa dormindo. A mão também está na sua caixa e dormindo. Se o pai se põe no lugar da mãe como foi o que pensou de primeira - apesar de não ter colocado em prática - ele efetivamente vai lá e faz, só um parênteses aqui, é por isso que eu gosto do slogan da Nike "Just do it". Serve perfeitamente pro esporte e pra esse tipo de exemplo. Quando a coisa é humana e se somos minimamente do bem pensamos de forma humana, o que nos faz nos colocar no lugar do outro. Compaixão, já escrevi sobre isso por aqui.

Ele entra em outros detalhes como, por exemplo, a reação da pessoa que está sendo julgada. Quanto mais se tenta aproximar a pessoa mais ela vais e afastando, afinal o julgamento é tão grande, e a mente humana vai tão longe quando julga que o problema se torna muito maior do que é, e aí fica difícil de contornar a situação.

O livro fala multo sobre culpa. Culpar o outro nos leva a sentir culpa, aí fica aquela confusão na cabeça porque tema difícil é esse.... Quem nunca?! É algo que parece que não tem fim porque pensamos no que fazemos, e pensamos no que pensam de nós, e portanto começam a agir diferente conosco... Nessas o que a gente queria inicialmente tá indo ralo abaixo, começou um processo gigante, se ninguém parar isso, né?! E quem para numa guerrinha psicológica, que pode virar uma guerra gigante?! Se sou eu, do jeito que sou chata, teimosa e emocional não paro nunca. Por isso, e só por isso esse livro virou um post, porque ele poderia virar apenas mais um livro na minha vida... Mas consegui internalizar e perceber que SIM eu faço isso o tempo todo. Me fecho na minha concha, ou na minha caixa, e to ali protegidinha, afinal de contas, eu sou uma boa filha, uma boa esposa, uma pessoa toda aterefada, que trabalha, malha, cozinha, etc etc etc....

Conversei com o meu chefe enquanto lia o livro. Trazendo essa perspectiva ao mundo dos negócios seria algo como tentar extrair todo o emocional da coisa. Pra mim é bem difícil. Eu sou uma pessoa emocional, e o fato de ser dessas que se põe no lugar do outro as vezes pode atrapalhar, afinal negócios são negócios.

Resumo da ópera antes de colocar algumas citações do próprio livro: Faça o que você acha que deve ser feito de primeira. Com o mínimo de bom senso, é claro. Não se deixe enganar e não entre no ciclo vicioso de se auto defender, começar a colocar culpa nos outros, ficar se achando o bonzão. Saia da sua caixa, da sua zona de conforto e entre na caixa do outro. Se ponha no lugar do outro. Faça isso antes de começar a criar desculpas e julgamentos que só vão gerar desconforto. Como diz o pai de uma amiga: "primeiro tenha o problema, depois resolva".

Trechos interessantes do livro - se for comprar não leia:

"Auto traição:
1. Um ato contrário ao que sinto que deveria fazer por outra pessoa é denominado de 'autotraição'.
2. Quando traio a mim mesmo, começo a ver o mundo de uma maneira que justifique minha autotraição.
3. Quando vejo um mundo que justifica meus atos, minha visão de realidade torna-se distorcida.
4. Portanto, quando traio a mim mesmo, eu entro na caixa.
5. Com o tempo, algumas caixas tornam-se características da minha pessoa e as carrego comigo."

(...)

"Mas recuperei a visão no Arizona. Vi em mim um líder que estava tão seguro do brilhantismo de suas próprias ideias que não podia permitir o brilho de ninguém mais, um líder que se achava tão 'iluminado' que tinha que ver os empregados negativamente a fim de provar sua superioridade, um líder tão empenhado em ser o melhor que se certificava de que ninguém mais pudesse ser tão bom quanto ele."

(soco no estômago isso - by the way já li isso num outro livro, não lembro se Lya Luft ou Nuno Cobra - quando a gente precisa rebaixar o outro pra se sentir alguém... Feio!)

(...)

"Aturar tem a mesma deficiência que tentar mudar a outra pessoa: é apenas uma outra maneira de continuar a culpar o outro. Transmite a censura da minha caixa, que apenas leva aqueles a quem estou aturando a ficarem dentro da caixa."

"O que não funciona na caixa:
1. Tentar mudar os outros
2. Fazer o melhor possível para 'aturar' os outros
3. Ir embora
4. Comunicar-se
5. Implementar novas habilidades ou técnicas
6. Mudar meu comportamento" (...) - Bem, você não pode sair (da caixa) se continuar focado em si mesmo, que é o que está fazendo quando tenta mudar seu comportamento na caixa."

(...)

"De repente, por causa da característica básica de ser o outro das pessoas que continuamente se colocam diante de nós e por causa do que sabemos quando ficamos fora da caixa em relação a outras pessoas, nossa caixa é penetrada pela humanidade de outros. Percebemos nesse instante o que devemos ser, temos que honrá-las como pessoas. E nesse momento, no momento em que vejo o outro como pessoa, com necessidades, esperanças e preocupações tão reais e legítimas quanto as minhas, estou fora da caixa."

"Uma família, uma empresa, ambas são organizações feitas de pessoas. Isso é o que sabemos e aquilo que nos orienta na Zagrum".