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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Minha história com a Rita Lobo

Eu sempre acho que as coisas que passam pela minha cabeça são irrelevantes para as pessoas. Tenho um insight e penso 'quem iria se importar com essa história?'. Pra que escrever sobre isso? Quem vai querer ler? Fico pensando que nem tenho tanta profundidade pra falar de certos temas. Fico remoendo um início de texto enquanto escovo os dentes, ou enquanto dirijo, ou picando ingredientes pra uma receita. Por algum motivo eu deixo passar (na maioria das vezes) e ai esse blog fica assim paradinho, quando na verdade minha cabeça tá com um milhão de temas...

Só que hoje eu assisti a um episódio da Cozinha Prática com a Rita Lobo em que ela divide memórias da família. O personagem de hoje foi seu avô e ela mencionou coisas que poderiam ter sido ditas por mim dada a semelhança do que ela descreveu. E não por nada específico, não por sermos as duas descendentes de italianos, ou porque eu gosto de cozinhar, mas talvez porque ela tivesse pelo avô dela o mesmo amor que tive pelos meus. Ela foi cativada por ele com o mesmo amor leve com que meus avôs me cativaram. Isso é tão simples, isso é tão grande, isso é tão humano. Como não se identificar? Como não querer ver o episódio todo? Chorei.

Ela disse mais ou menos assim:

"Ele foi a pessoa mais feliz que eu conheci, e olha que sorte ele ser meu avô"
"Com o vovô eu aprendi a tomar café bem forte de manhã... e tomar vinho com as refeições..."

A pessoa mais feliz que eu conheci foi meu avô Sebastião. O mais bem humorado e o abraço risonho de que mais sinto saudade. E café tem que ser forte, né? Nada de água de batata, já diria Lauro Pesente... E toda vez que eu dou o primeiro gole de um vinho tinto eu também lembro dele... Vovô Lauro, a presença de que mais sinto falta.

Chorei de novo.

No fim acho que é isso, a vida é muito mais simples do que eu fico imaginando. As pessoas são muito mais normais e se interessam sim pelo trivial. Assim como eu gostei de me ver representada na TV é bem capaz que alguém se sinta representado no que eu escrevo. E quem sabe a Ana Holanda estivesse mesmo certa quando certa vez disse 'continuem escrevendo', 'a sua história tem sim valor'.