Outro dia comentei no facebook que ao ler esse livro eu tinha sempre a sensação de "dejavu"... Talvez pelo fato de ter lido Tete à Tete, que fala da vida da autora com o Sartre.
É um diário de uma mulher que descobre que o marido está tendo um caso e é conivente com essa situação. Fica achando que o caso vai acabar logo, que nada vai desestruturar o casamente forte dos dois... Até que ela começa entrar numa paranóia absurda... Quer saber detalhes do dia a dia dele com a amante, começa a surtar com tudo, desde um sorriso a um telefonema... Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência, nem pra maioria das mulheres, nem pra história dela com o Sartre.
Já não me lembro em qual dos casos do Sartre ela ficou muito mal. Mas tudo bem, nem é preciso.... O que me pegou nesse livro foi algo que sempre me fez pensar demais: Devemos dedicar a nossa vida inteiramente a uma única pessoa, a um único objetivo? Devemos largar nosso trabalho pra cuidar da família? E quando os filhos vão embora... Como preencher esse vazio? E os casamentos são pra sempre? E se tudo muda, como aconteceu com a minha mãe que dormiu com um marido e acordou viúva? Sempre tive medo de me entregar a qualquer relacionamento por causa disso...
Bom, a minha opinião é: somos pessoas inteiras. Não existe esse negócio de metade da laranja, tampa da panela, ou qualquer outro bordão popular. Acredito que todos temos que ter individualidade, diferenças que fazem o casal crescer, vontades diferentes, valores parecidos.
Acredito que todos os casais que se unem um dia não imaginam o fim dessa união... Mas como a Simone de Bevauvoir diz no seu livro:
... a personagem conversa com a filha:
"Filha: Errou acreditando que as histórias de amor duravam. Eu compreendi: quando começo a me agarrar muito com um tipo, arranjo outro.
Mãe: Então você não amará nunca!
Filha: Não, é claro! Você vê onde isso nos leva.
Mãe: Para que viver se não se ama ninguém? Não posso desejar não ter amado Maurice nem mesmo hoje não mais amá-lo. Eu queria que ele me amasse.
Nos dias seguintes insisti:
Mãe: Olhe Isabele, Diana e os Couturier: apesar de tudo, existem casamentos duráveis.
Filha: É uma questão de estatística. Quando você aposta no amor conjugal, você ganha a vantagem de ser abandonada aos quarenta anos, a mãos vazias. Tirou um mau número, mas não é a única."
Gabi, estou lendo em frances, e msm com a dificuldade do idioma, que para mim é novo. Dedico muito do meu tempo a ler, e cada dia mais mergulho na confusão e na dor que a Monique sentiu... Parei bem para pensar, estou relembrando um passado mto recente.
ResponderExcluirAu revoir!
Carolina Soares
Gabi, estou lendo em frances, e msm com a dificuldade do idioma, que para mim é novo. Dedico muito do meu tempo a ler, e cada dia mais mergulho na confusão e na dor que a Monique sentiu... Parei bem para pensar, estou relembrando um passado mto recente.
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Carolina Soares
Gabi, estou lendo em frances, e msm com a dificuldade do idioma, que para mim é novo. Dedico muito do meu tempo a ler, e cada dia mais mergulho na confusão e na dor que a Monique sentiu... Parei bem para pensar, estou relembrando um passado mto recente.
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Carolina Soares
Oi Carolina, td bem???
ExcluirNão entendo nada de francês, e sempre que penso em aprender uma nova língua eu penso nela ou italiano.... Muito difícil?!
Sobre você... como achou meu blog? No geral eu ponho no facebook e nem sei se tenho muitos acessos... Espero que a sua lembrança recente esteja melhorando ou pelo menos te fortalecendo de alguma forma.
Sobre a Simone, eu li o Tete a Tete, que conta a vida dela com o Sartre e todos os outros homens da sua vida. Muito diferente do que eu vivo, do que eu pensava praquela época, enfim... Recomendo!
Apareça no blog!