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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

"O essencial é invisível aos olhos" - Pequeno Príncipe

Minha cabeça até tenta parar de pensar mas não dá....
Santos - do google images
Fico sempre tentando achar o sentido pra um monte de coisas que acontecem na vida, desde a relação com a família até o dia a dia frenético, e sobre o último... Ah o ritmo frenético.... Geralmente porque estamos atrás de "ganhar a vida"... Só que eu fico pensando que vida é essa que a gente ganha....

Ontem eu vi aquele vídeo "A gente se acostuma" e apesar de já conhecer eu assisto e sempre sinto que me agrido. Porque no fundo eu acostumei a ter uma vida que não tem efetivamente a minha cara, e realizar, entender e sentir isso é muito difícil.

A sensação que dá é que estou, ou estamos, porque eu acho mesmo que tem muita gente na mesma posição, correndo atrás do rabo. O vídeo até menciona isso. A gente acha que precisa de mais, e por isso trabalha mais, pra gastar mais com coisa que não precisamos efetivamente... E ai eu pergunto, dinheiro pra que?!

Eu conheço muita gente que quer dinheiro pra ter um carro zero, pra morar numa casona, pra ter casa na praia e no campo, pra jantar nos melhores restaurantes e ter uma bolsa cara....
Ah, o dinheiro... Eu também queria ter muito dinheiro e seria pra comprar a minha liberdade. Pra eu poder pegar meu carro usado, e descer pra praia num dia lindo de sol ao invés de gastar mais de 1 hora pra andar 2km, como aconteceu hoje.

Queria que o dinheiro pudesse comprar a saúde dos que eu amo. Queria poder no momento daquele AVC levar o meu avô pro melhor hospital do país, do mundo, do universo pra ter o vovô Lauro comigo como ele sempre foi, pra ouvir Lauro e Faustina cantando juntos Parabéns na primeira ligação do dia 05 de outubro.

Queria poder comprar uma passagem pra qualquer lugar do mundo pra ver coisas diferentes e sentir como as pessoas são as mesmas em qualquer lugar e como somos pequenos nesse mundão.

E também queria encontrar meus amigos, minha amiga Márrrcia que me entenderia como ninguém nesse momento e que está fora do país. E pegar a ponte área a qualquer preço e encontrar a Marina que é uma paz e me faz um bem!

Queria poder comer uma comida do Alex Atala e poder ter o gostinho de achar que a comida da minha mãe é tão boa quanto. E não pensar que os orgânicos são mais caros.

Queria poder fazer única e exclusivamente aquilo que estou de acordo, aquilo que acredito, aquilo que não me corrompe nem por um segundo. Sem risadinhas esperadas, sem palavrinhas fofas, apenas o que eu penso e concordo.

Queria poder ter comprado uma vaga extra pra esse apê que moro, só pra poder um dia pensar em ter de novo um carro 'meu' e não 'nosso'. Queria ter a opção, sabe?

Queria não ter que pensar no preço que custa a fórmula do meu ortomolecular que parece fazer o tempo parar e por n conseqüências me faz de alguma forma uma pessoa mais feliz.

Eu queria poder ter uma empresa com todos os amigos que fiz durante a minha carreira, e quem sabe poder ter aquilo que as pessoas dizem e que eu morro de inveja "quando você faz o que ama nunca trabalha", acredito que amigos por perto mudam a vida.

Queria poder falar pra minha mãe "se aposenta, vai ser feliz"!

Queria dinheiro pra poder comprar um pouquinho de natureza pra mim aqui em São Paulo, pra eu poder tomar um sol e não ouvir da minha médica que preciso de Vitamina D (!!!). Meu pai deve estar se revirando no túmulo de saber que a filha dele com potencial indígena precisa tomar Vitamina D em gotas antes de dormir. O que é isso? Isso é sinal de falta de vida...

Isso é sinal de que eu me acostumei com essa vida. Comprar aquela DePura me fez mal, e me faz mal todas as noites as 5 gotinhas que eu pingo na língua porque eu sei que não sou eu. É só o que eu me transformei depois de tanto me acostumar... Depois de tanta tolerância, de tanta paciência... Nem preciso me pergunta se que isso faz bem...