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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Devaneios na vida de desempregada

Faz três meses que não estou trabalhando. Sempre pensei que ficaria entediada, que não teria assunto com as pessoas, ou que sentiria muita falta do trabalho. Não estou sentindo muita falta do trabalho. Não estou sentindo falta nenhuma na verdade, ainda. É provável que sinta um dia, mas estou tranquilinha esperando esse dia chegar. Sem contar a grana, né... Mas isso é papo pra outro post.

Enquanto espero estou fazendo coisas simples como ler mais, cozinhar praticamente todos os dias, fazer compras de supermercado, voltei a fazer yoga, tenho ido a academia na hora que eu quero, e sim faço exatamente as mesmas aulas, porque eu simplesmente gosto. Também já encontrei diversos amigos pra por o papo em dia e já fiz muitos happy hours em que sou a primeira a chegar pra segurar a mesa. Passei uma tarde com a minha madrinha, e viajei para o interior na 5a a noite, olha que luxo!

Praia do Boqueirão - Santos
Passei uns dias em Santos com a minha avó. Finalmente mudei meu plano de celular pra um mais barato, doei muitas roupas, arrumei os armários, consigo ler as mensagens dos grupos de whatsapp, mas continuo deletando praticamente todos os e-mails promocionais que recebo. Já assisti La La Land, e Sing às 16h, rodeada de crianças. Tomei sol. Continuo acordando praticamente no mesmo horário, mas faço tudo com mais calma, menos quando tem yoga às 9h...

Não fiz todos os programas culturais que eu queria. Nem toda a ginástica que eu imaginava. Também não fiz os contatos profissionais que eu tinha pensado que faria. Planejamento na vida, como nos negócios é uma coisa que temos que ter consciência: falha.

Tenho muito tempo livre? Tenho. Vejo programas repetidos? Vejo. Tem espaço pra trabalhar? Tem. Mas será que precisa ser nesse molde escritório, das 8h as 17h? Precisam ser 8h por dia? Precisa ser todos os dias da semana? Precisa não ver o por do sol nunca porque está enfiado no escritório? Precisa pagar sempre as passagens mais caras pra estar sempre a postos no horário comercial?

Tenho me questionado muito sobre isso nesse período. Queria saber quais são as outras formas de trabalho. Please, me ajudem. Rsrsrs. Sério, quem puder compartilha esse texto, me responde nos comentários, me manda um whatsapp.... Quero muito conseguir manter as pequenas coisas importantes na minha vida.

Tks!


Um comentário:

  1. Gabi, não sei se tem algo a ver com o fato de sermos librianos, mas assim como você, além de pender a balança pro lado mais justo, sempre busquei um maior equilibrio entre a pessoa física e a jurídica rs. Aliás, nada mais justo do que ter um balanço melhor entre essas duas "entidades" rsrs..... Honesmente eu também não sinto falta de nada desse modelo de trabalho. Na minha opinião ele está com os dias contados. Ter um dia na semana durante o verão pra trabalhar de bermudinha está aquém de ter a questão resolvida, mas no final do dia - ou no final das nossas reservas hahaha - a gente ainda precisa de dinheiro.

    Uma das coisas mais importantes e sanas que fiz nesse período, foi um exercício de
    cortar pela raiz e sem nenhum apego tudo aquilo que um dia considerei necessário e virou supérfluo: empregada mensalista ? Cortei! Banho dos cães na pet shop ? Cortei ! Jantares e almoços fora todas as semanas? Cortei ! Carro ? A firma cortou pra mim quando me dispensou rsrs...

    Tudo isso pra dizer que a beleza desse exercício foi descobrir que, além de não diminuir em nada minha qualidade de vida, eu tenho experimentado coisas que nunca fiz antes: a empregada virou diarista, e hoje eu descubro todo dia um tempero novo pra colocar no meu feijão; percebi que lavar roupa não mata, porque quem lava é a máquina; eu mesmo dou banho nas minhas pets e nesse momento eu fico imaginando o que se passa na cabeça delas quando vêem o papai pelado junto com elas hahaha...pra elas já é um upgrade, no mínimo não ficam esperando pelo banho presas em jaulinhas; jantares e almoços fora foram substituídos por jantares e almoços em casa. Na semana passada fiz um delicioso ceviche e guacamole por meros R$ 180,00 para quatro pessoas (vinho incluído); e por fim o carro, ahhh o carro!!! Como ser livre sem um carro? Eu encontrei minha liberdade na bicicleta que estava jogada há meses, encontrei minha liberdade no Bilhete Único, que me permite andar de onibus, trem e metrô e ver quem são os verdadeiros brasileiros. Tem o estudante que vai pra escola, tem o office boy, tem a secretária bem vestida, tem o executivo, também tem a velhinha que viaja em pé porque o bonitão tá sentado fingindo que está dormindo.

    No final, Gabi... Tem um amontoado de pequenas felicidades diárias que te faz sentir vivo, que te faz sentir parte de algo maior e finamente alheio à bolha hermética que vivíamos, que te faz sentir consciente e alerta, e o mais bacana é perceber que essas pequenas felicidades me proporciona todos os dias um encontro comigo mesmo!

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