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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Introspectiva

Eu sou I de instrospectiva. Fiz um teste de personalidade no trabalho e fui classificada como Introvertida em vez de Extrovertida. Nenhuma surpresa pra alguém que chorava na hora do parabéns e que não gosta desse momento até hoje, ou qualquer um que me faça virar o centro das atenções.

Sou bem chatinha e a maioria das pessoas me acha metida antes de me conhecerem. Gosto de almoçar com quem eu quero e geralmente sem muita galera. Gosto de esportes individuais, tenho preguiça de ficar conhecendo gente apesar de me interessar genuinamente por pessoas com quem me identifico. Não tenho problema nenhum em ficar em casa sozinha assistindo meu amado GNT e posso ficar horas sem querer conversar com ninguém, de boa. As interações divertidas pra maioria das pessoas pra mim é um suplício, tipo amigo secreto, atividades em grupo, fazer networking, dinâmicas de RH, bla bla bla.

E claro que vira e mexe vivo momentos bizarros... Outro dia eu e o Re (também I) fizemos uma viagem para Punta Del Este a passeio. Total passeio. A viagem foi dessas oportunidades, custou a metade do preço - talvez isso queira dizer alguma coisa, e lá fomos nós pro Uruguai num domingo a tarde.

O público no geral era mais velho, a maioria com cara de aposentado que estava aproveitando aquela mesma oportunidade financeira que a gente. Poucas pessoas da nossa idade, e poucas pessoas classudas (estilo Punta do programa do Amaury Junior, rsrsrs). Renato e eu entramos no avião enfiamos a cara nos nossos livros e boa. Chegamos no aeroporto fomos rapidamente pra primeira van cheia de idosos e tchau pro hotel.

Poucos amigos

Nos momentos de alguma possibilidade de interação a gente já não conversava com ninguém. Café da manhã... Piscina do hotel...  Cassino... Encontro com a turma do vôo (e do hotel) em algum ponto turístico também não era motivo nem pra "oi, tudo bem?", vai que a pessoa responde e a conversa vai longe, né?

A turma do barulho... ahhh que preguiça!

No dia de ir embora a turma toda do avião tinha ficado amiga, tipo #bff. Era um tal de querer anotar o zap zap (só de falar zap zap já acho terrível) pra manter contato. Eram fotos na frente do hotel com a turma toda pra "postar no face", e querer combinar de "tomar uma no Brasil". Uma conversação sem fim. Um tititi, uma felicidade leve que irrita, sabe? Podem me julgar, acho um saco esse pessoal mega feliz a toa que fica conversando e rindo alto sem motivo no avião...

Nessa hora imaginei a Rafa comigo. Ia estar com o mesmo humor que o meu. O Renato estava com o fone de ouvido desde a hora que entrou no avião. Acho impressionante como ele não se altera.

Quando o avião pousou foi aquele siricutico "pra esticar as pernas"... porque sabe como é né "Não 'guento' ficar esse tempo todo sentada". Duas horas de vôo. 120 minutos e o ser humano não consegue ficar sentado. Ai passado o medo da turbulência durante todo o vôo chegou a hora de reclamar do câmbio e converter todos os gastos de Punta "nossa, uma picanha custou R$ 500, com esse dinheiro eu vou no Fasano, bla bla, bla".

Quer saber o pior? Eu vim exatamente disso. Tenho a família mais animada do Brasil. As pessoas são leves e felizes. Elas mandam "zap zap" e se divertem com piadas simples. Consigo facilmente imaginar as pessoas da minha família fazendo exatamente as mesmas coisas que essa galera que eu falei... Posso até imaginar todo mundo refletindo como eu sou fresca e tentando entender de onde eu sai (rsrsrs, acho que puxei mais pra minha mãe nesse caso) simplesmente pelo fato de eu não ter o perfil mais 'comum', por preferir ficar na minha, e por ser I... Introspectiva. Hunf!