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sábado, 13 de fevereiro de 2016

Um mergulho ou Eu que sempre detestei dinâmicas de grupo...

... sempre detestei o primeiro dia de aula, ou o primeiro dia do trabalho, ou qualquer situação de interação forçada com as pessoas. Sempre fui muito mais filha da minha mãe que do meu pai nesse aspecto... Sempre fui tida como tímida, chorava pra não frequentar as aulas de balé, chorava em todos os parabéns pra você, e detesto até hoje todas as situações de socialização com muitos desconhecidos.  O que não me impede de forma nenhuma de puxar papo com alguém que eu queira, de ser simpática na fila do supermercado, de contar a minha vida pra alguém, de escrever sobre meus sentimos por aqui, de ficar horas conversando com alguém que fui com a cara....

Voltando às dinâmicas... Na época dos estágios sempre tinha esse exercício que eu detestava. Detesto até hoje (to repetindo muito isso, né?! rsrsrs). Por muitas vezes depois da fase da dinâmica de grupo eu recebia a notícia de que eu não tinha passado pra próxima fase... Não tinha o perfil da empresa... Sempre achei muito superficial essa forma de selecionar pessoas. Sempre tive dificuldade de acreditar que é possível saber se um candidato tem ou não perfil em tão pouco tempo...

Como a vida é boa, e como o universo coloca a gente em contato com as pessoas certas... E como os livros nos escolhem cá estou lendo o meu queridinho atual "O poder dos quietos" - Susan Cain, que ganhei da minha antiga analista que se mudou do país. Acabei de ler o trecho abaixo. Ele me fez parar de ler pra escrever isso. Pra por pra fora o que vem a minha cabeça quando estou na maioria das vezes sozinha. Pra escrever quase como uma psicografia, sem dificuldade, sem ter que ficar lendo duas ou três vezes... O oposto do que sou no trabalho quando empaco se tem muita gente em volta, ou muito barulho, e preciso colocar um fone de ouvido e voltar pra minha concha.... Adoro a minha concha!

"William também identifica o treinamento em liderança como o benefício principal do aprendizado cooperativo. Na verdade, os professores que encontrei pareciam prestar muita atenção às habilidades de administração dos alunos. Em uma escola pública que visitei no centro de Atlanta, uma professora da terceira série apontou um aluno que gostava de 'fazer tudo sozinho'. 'Mas o encarregamos da patrulha da segurança um dia, e ele teve a chance de ser um líder também', assegurou ela.

Essa professora era gentil e bem-intencionada, mas me pergunto se o jovem agente de segurança não estaria melhor se apreciássemos o fato de que nem todos aspiram a serem líderes no sentido convencional da palavra - que algumas pessoas querem se integrar harmoniosamente ao grupo e outras querem ser independentes dele. Muitas vezes, as pessoas mais criativas estão na última categoria. Como Janet Farrall e Leoni Kronborg escrevem também em Leadership Development for the Gifted and Talented [Desenvolviemnto da liderança os dotados e talentosos]:

Enquanto os extrovertidos tendem a alcançar a liderança em domínios públicos, os introvertidos tendem a alcançar a liderança nos campos teóricos e estéticos. Líderes introvertidos excepcionais como Charles Darwin, Marie Curie, Patrick White e Arthur Boyd, que criaram novos campos de pensamento e rearranjaram o conhecimento existente, passaram longos períodos de suas vidas na solidão. Logo, a liderança não se aplica apenas a situações sociais, mas também ocorre em situações mais solitárias como o desenvolvimento de novas técnicas nas artes, a criação de novas filosofias, a escrita de livros profundos ou a inovação científica."

Fecha aspas! Clap clap clap. Muito longe de querer me comparar a qualquer um desses líderes, acho que nem sou tão introvertida assim... Pra mim é bem importante como pessoas pensantes fazermos questão de olhar além desse tipo de rótulo. Acreditar que todos temos que ser iguais, seguir um padrão sem questionar, sem olhar em volta me parece burrice. Trabalhei com um cara que dizia "não aceito discussões rasas". É isso. Me sentindo muito acolhida por esse livro!


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