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domingo, 23 de junho de 2013

Um belíssimo casamento

Nesse final de semana fui a um casamento em que eu realmente fiquei emocionada na cerimônia. Ultimamente eu me emociono mesmo... Sempre fico pensando que um casamento tradicional nunca vai acontecer na minha vida uma vez que meu pai não está mais aqui pra entrar na igreja comigo... Também sou dessas pessoas que fica reparando a reação dos outros, do noivo, da noiva, dos pais, das pessoas, das daminhas.... Não sou muito de prestar atenção no que o Padre fala, que é sempre ou sobre "construir a casa sobre a rocha", ou então "sem amor eu nada seria", mais conhecido pela maioria das pessoas por causa da música da Legião Urbana.

Dessa vez foi diferente. O casamento foi numa capela. Primeira vez que entrei. Diz superstição que quando se entra a primeira vez numa igreja fazemos um pedido, ou três, sei lá... Fiz um só... Que vale por todos que eu consigo pensar, alias, to achando que vou começar a entrar mais em igrejas. Brincadeira...

A decoração estava lindamente predominantemente branca, e chegamos enquanto ainda havia pouca gente, o que me deu tempo de parar, rezar, pedir, e chorar..... Aquele São José branquinho ali me olhando, naquele lugar onde em alguns minutos dois amigos se casariam e chorariam assim como eu estava chorando, por outros motivos, é claro.

O Padre muito jovem foi o mesmo que casou o irmão mais velho desse amigo que se casava. Falou sim sobre a língua dos anjos, mas usou comparações lindíssimas para falar o que era o matrimônio de verdade. E ele, na sua humildade - adoro quem entende que tem gente que não se casa, e que considera a vida dois um verdadeiro casamento, no geral não é muito a cara de um padre falar isso - disse que o matrimônio não era estar ali, na igreja, se casando. Ele disse que o matrimônio era viver junto, era estar lá para o outro. Nessa hora peguei a mão do Rê, que mesmo sem um matrimônio oficial está aqui do meu ladinho e vem passando por poucas e boas comigo. O Padre também falou das simbologias do casamento, da aliança... "Pra começar ela é feita de um metal precioso (...) e cada uma tem um tamanho." Metal precioso pra dizer que o matrimônio é sagrado perante Deus e que cada aliança tem um tamanho para que os que decidem por viver juntos saibam respeitar as diferenças um do outro. Nessa hora olhei pros pais do noivo consentindo com a cabeça... Aquele sim de quem concorda e de quem sabe o que é isso porque estão juntos há anos. O Padre falou de liberdade, respeito, amizade, não julgamente... Falou de sempre manter aquele metal precioso bonito. Não deixar sujar. Limpar sempre aquele amor. Reconquistar e se escolher novamente a cada dia. Nessa hora ele me pegou de vez. Tem uma frase da Lya Luft que fala exatamente isso, mas eu não estou com o meu livro aqui.... Ela diz isso, que o segredo do casamento de um casal de amigos deles foi que a cada dia eles se escolheram novamente. Tem coisa mais linda que essa? O livro é Perdas e Ganhos, caso alguém queira ler.

Enfim... Chorei. A noiva também chorou, aliás, estava lindíssima. Numa simplicidade exuberante, se é que isso existe, e o pai dela trocava o lencinho de papel que ela estava usando pra que secasse as lágrimas que corriam na emoção.... Naquela hora do "Eu te recebebo...." ela não teve que escutar o Padre. Ela foi direto. A voz parecia embargar... Estava embargando, de emoção. Os dois estavam radiantes, o dia estava lindo e eu queria ter gravado tudo pra conseguir lembrar de mais detalhes que certamente me marcaram tanto naquela cerimônia.

A festa?! Bem... Essa fica pra outro post, porque também mereceu!

Parabéns aos noivos!

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