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domingo, 19 de maio de 2013

Compaixão

Sabe que eu não sabia o que significava essa palavra? Sabia que era um sentimento, algo relaciona ao sofrimento alheio mas não sabia exatamente até ir a Seara Bendita na semana passada e ouvir sobre justamente esse tema. Compaixão é basicamente se colocar no lugar do outro. Tentar entender o que o outro passa. Não é ter dó, pena, piedade, é conseguir se colocar no lugar do outro e quem sabe amenizar um sentimento.

Eu sempre tive essa coisa de sentir pena, e ao mesmo tempo sempre me lembrei da minha educação de conceitos espíritas e me pegava pensando que eu não devia ter dó, todo mundo passa pelo que tem que passar, pelo que escolheu passar, etc. Mas mesmo assim não deixava de sentir a tal pena... Agora entendi que o que eu sinto talvez seja compaixão. Sim eu acho que sei que colocar no lugar do outro. Lógico que é muito mais fácil imaginar a situação do que viver em si. As vezes a minha cabeça é tão maluca e sofrida que pode até ser que eu exagere na imaginação, quem é que sabe... Tenho vivido momentos intensos de me colocar no lugar do outro. Sou dessas que visita o avô e sai desamarrando os braços... Fico pensando que inferno que deve ser se sentir preso. Não bastasse o cara não sair da cama, não conseguir se expressar falando, não conseguir fazer praticamente nada e ainda por cima sequer conseguir mexer os braços, coçar a cabeça, ou quem sabe até fazer alguma traquinagem, tipo puxar um fiozinho aqui outro ali - é por isso que prendem... Aí se eu passo a noite eu também fico pensando, poxa vida, imagina acordar a noite com tosse, engasgado e estar preso! Imagina achar que está sufocando e sequer conseguir levantar os braços, que nem quando a gente engasga... Ah não... Não aguento, então beleza, fico acordada a noite toda de olho na mão... Segurando a mão... Vigiando a mão, mas não prendo a mão! Mãozinhas ativas... Que sempre se mexeram, que sempre puxaram a roupa, que sempre dobraram as sacolinhas de plásticos... Como deve ser não poder fazer nem isso?! Imagino que difícil, então vamos soltar as mãozinhas....

Só que assim, vamos combinar que a religião também ensina que não podemos julgar os outros... Ó céus! Coisa mais difícil do Brasil! Se eu faço uma coisa de um jeito é porque eu acredito que essa é a melhor forma, logo a forma do outro não é a melhor, logo eu quero que o mundo seja do meu jeito, mas não é, né....

E aí me lembrando de um texto que li de um amigo meu... Por que será que faço isso? Por que será que fico lá com meu avô o tempo todo com ele, grudada, acordada, me cansando.... Por que? Seria por ele ou seria por mim? Muito mais por mim do que por ele. Me faz um bem gigante. Faz bem pra ele também, sinto na respiração. Sinto no sono que chega. Vejo na carinha de serenidade. E aí o bem vem pra mim de novo. A paz de espírito que me dá. Nessa hora parece que não tem mais nada que me assuste. Nessa hora parece que tudo fica pleno. Eu e ele, esse homem que é responsável por grande parte do que eu sou hoje.... E se nessa hora nem medo (se eu não pensar muito) eu não sinto, isso quer dizer que tenho Deus em mim. Essa conclusão me veio agora fruto de uma conversa com meu primo. Ele me disse que quando temos o Espirito Santo não sentimos medo, angústia, esses sentimentos que nos fazem mal. A gente se entrega. É isso que eu faço lá na Beneficência Portuguesa. Eu fico lá! Lá!

E voltando ao texto do Ro, o amigo, eu discordo no ponto de que as religiões colocam Deus num lugar muito distante de nós. Talvez o entendimento do que é escrito faça com que nos sintamos assim. Precisamos muitas vezes de alguém que nos ajude a interpretar, e lá na Seara eu encontro isso. Eu não sou mega conhecedora da Bíblia, mas lá eles ensinam bem mastigadinho... E tem duas coisas que temos que fazer segundo Jesus:
1) Amar a Deus sobre todas as coisas
2) e ao próximo como a nós mesmos
Aparentemente simples. No fundo é simples, complicados somos nós....
Fazer bem ao próximo no final das contas faz bem pra gente.... Contanto que o bem seja de coração e não querendo um pedacinho do céu, até porque quando fazemos de coração parece que já estamos no céu!

Compaixão (do latim compassione) pode ser descrito como uma compreensão do estado emocional de outrem; não deve ser confundida com empatia. A compaixão freqüentemente combina-se a um desejo de aliviar ou minorar o sofrimento de outro ser senciente, bem como demonstrar especial gentileza com aqueles que sofrem. A compaixão pode levar alguém a sentir empatia pelo outro. A compaixão é frequentemente caracterizada através de ações, na qual uma pessoa agindo com espírito de compaixão busca ajudar aqueles pelos quais se compadece.
A compaixão diferencia-se de outras formas de comportamento prestativo humano no sentido de que seu foco primário é o alívio da dor esofrimento alheios.1 Atos de caridade que busquem principalmente conceder benefícios em vez de aliviar a dor e o sofrimento existentes, são mais corretamente classificados como atos de altruísmo, embora, neste sentido, a compaixão possa ser vista como um subconjunto do altruísmo, sendo definida como o tipo de comportamento que busca beneficiar os outros minorando o sofrimento deles.

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