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terça-feira, 1 de maio de 2012

Sob o Sol da Toscana, da Provence, de Santo Anastácio

Hoje assisti pela segunda vez o filme Sob o Sol da Toscana, adoro. Não é só um filminho água com açúcar que todas as mulheres adoram por ser cheio de italianos. Pra mim, além da paisagem fantástica e dos italianos lindíssimos, me lembra alguma coisa....

Assim como o filme Um Bom Ano. Também docinho. Também com paisagens lindas e também me lembrando alguma coisa....

Que coisa? Eu mesma. Ou o que eu fui alguma vez. Esses dois filmes acontecem em cidades pequenas no interior da Itália e França respectivamente, e mostram a simplicidade das coisas. É desses filmes que toda vez que eu assisto eu penso comigo mesma "mudaria amanhã pra esse lugar"....

Acho que nem é só pelo lance de ser na Europa, ou porque é cool morar fora, ou pra ter uma experiência de outra cultura... Ao contrário, acho que uma experiência dessa só me traria pra mais perto do que eu efetivamente sou, ou de quem eu fui por muito tempo.

Sou de São Paulo, nasci aqui, sempre morei aqui. Minha família é do interior, origem espanhola e italiana. Minha infância foi junto com os primos, aquela escadinha de crianças pra cima e pra baixo. Tudo junto e misturado. Tudo sempre motivo pra uma festa, ou pra um drama... Quando volto a Santo Anastácio a simplicidade que encontro é muito parecida com a desses filmes. A vida pacata que eu sonho na tela acontecendo ali a exatos 598km de SP. Ok que o macarrão e o vinho não são os mesmos, mas também tem seus encantos, rs rs....

Outro dia uma amiga escreveu algo no fcb que me fez parar pra pensar em algo que eu já pensava toda vez que ia ao hortifruti (coisa de gente de SP, que fique claro). Pra mim, pagar pra ter uma manga ou um abacate em casa é algo que ainda me parece estranho. Lá em Anastácio isso vem do sítio de algum parente, ou do sítio do vizinho, ou do pomar de alguma casa. Lá em Anastácio o quarto tinha dois beliches que eram preenchidos pelos primos e irmãos, sem ar condicionado naquele calor de 40 graus, e sempre era legal. A gente sempre brincava das mesmas coisas e ia aos mesmos lugares e era sempre uma delícia....

Hoje eu sou muito mais paulistana. Sozinha no meu quarto, com meu notebook ligado no colo, querendo a minha individualidade, querendo meu carro automático e programas diferentes. Buscando novidades que muitas vezes são impostas pela sociedade dessa cidade maluca que só corre... Que sempre tem que ganhar tempo, que tem que fazer tudo ao mesmo tempo.

Que saudades de passar as tardes na casa que o meu avô mantinha lá no interior do Oeste Paulista só pros 'veraneios', ou melhor, que saudade de mim naquela época, porque eu hoje já não dou conta de ficar muito tempo sem o meu iphone... Eu hoje já não sou mais a mesma pessoa...

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