O ou A palestrante, porque já não me lembro quem falou do tema, nos disse que na época de Cristo eram outros tempos, as pessoas tinham outro estilo de vida, e era preciso ser mais enfático, mais forte nos conceitos, porque naquela época era comum um homem matar o outro...
Hoje pelo contrário (para nós, público daquele local) o significado estava escondido de forma mais sutil... Obviamente ninguém dali mataria alguém, e muito provavelmente alguém que conhecemos também não faria isso... O/a palestrante falava sobre matarmos a nós mesmos. Explicava como cada vez que abríamos mão de um sonho, que desistíamos de um ideal, ou que abandonávamos algo que nos fazia viver melhor, nos matávamos aos poucos. Cada vez que fazíamos algo sem acreditar, ou pra ser o que o outro queria da gente... Cada vez que não fazíamos algo de verdade e sim por postura... A cada um desses momentos a gente se mata aos poucos... A gente vai perdendo o brilho... Morrendo....
Alguém já tinha pensado nisso?! Como é sutil, e como vamos nos matando aos poucos a cada dia que não fazemos o que nos faz bem por falta de tempo. Ou quando não vemos nossos familiares porque temos que nos dedicar a outras coisas... Ou quando engolimos o que nos enfiam goela abaixo.... Ou quando queremos ajudar uma criança no farol mas temos medo de ter um adulto com um revólver escondido em alguma árvore escura... Ou quando fazemos o que é esperado de nós pela sociedade (boas maneiras, bons sorrisos falsos, felicidade o tempo todo)....
Acho que sempre é tempo, mas a entrada de um novo ano é sempre um bom momento pra pensar nisso, e pra quem sabe, melhor ainda, colocar em prática o que nos mantém cada vez mais vivos.
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